Com a chegada de datas importantes para as vendas do comércio, como a Black Friday e o Natal, e o pagamento de benefícios salariais como o 13º, é esperado um grande giro na economia nos municípios da Serra. O Sindilojas Caxias projeta um aumento entre 10% e 15% nas vendas em comparação com o mesmo período do ano passado. A mesma expectativa é compartilhada pelo Sindilojas da Região das Hortênsias, com cerca de 15% de aumento. Para atender a este público e a demanda de consumo, as lojas já estão se preparando. Uma das diferenças neste ano é que os empresários estão investindo mais em treinamento com o objetivo de que as contratações já se tornem efetivas, e não apenas temporárias, como habitualmente ocorria em anos anteriores.
De acordo com a assessoria da Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS), no ano passado, em Caxias do Sul, entre outubro e dezembro, 57 vagas temporárias foram abertas. Contudo, no mesmo período 1.030 vagas efetivas estavam a disposição dos caxienses em todos os segmentos. Ou seja, a tendência deste ano já vinha acontecendo em 2022. Em Gramado, na Região das Hortênsias a preferência dos empresários no ano passado também foi por profissionais efetivos. A diferença foi de 358 vagas permanentes contra apenas 125 temporárias.
Desde 2018, segundo a vice-presidente de Comércio da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias (CIC) e 3ª vice-presidente da Fecomércio-RS, Idalice Terezinha Manchini, a preferência pessoal, como proprietária de uma rede de cinco lojas de roupas e calçados femininos, é investir num funcionário efetivo, em vez das contratações temporárias. Por acompanhar o comércio como membro das associações, inclusive do Sindilojas, Idalice percebe que o mesmo movimento está ocorrendo de um modo geral entre os empresários. Salienta que essa visão mudou porque o Natal, apesar de ser a principal data para o comércio, já não representa um resultado tão expressivo, com acréscimo de 50% ou 100% nas vendas. Isso porque todas as datas comemorativas ao longo do ano têm apresentado crescimento nas vendas e isso exige que vendedores estejam qualificados para o atendimento no ano todo, não apenas no final.
— O comércio requer conhecimento e experiência e se precisa de meio ano para treinar um bom funcionário. Além disso, não se encontra mais pessoas procurando emprego. Caxias tem mais vagas abertas do que gente procurando, por isso temos que batalhar para achar uma pessoa com o perfil da loja. Então já é difícil para fixo, imagina pra temporário. O comércio em geral está a procura de gente pra trabalhar — explica Idalice.
Sobre a expectativa de vendas, Idalice relata que a expectativa do setor do comércio é de crescimento acima de 10%, mas, na opinião da vice-presidente, deve girar em torno de 6%. Ela explica que, no começo do ano até os meses de maio e junho, a inflação estava baixa, o que fez com que o consumidor comprasse mais. Contudo, na segunda metade do ano, a situação mudou:
— No inverno não deu frio, e o clima foi chuvoso, com frio fora de época. Então, o consumo foi moderado e foi mais consciente. O cliente viu que não está fácil. A dívida está lá em cima.
Idalice cita uma pesquisa da Fecomércio-RS, feita também em Caxias, que apontou que 94% das famílias estavam endividadas, no primeiro semestre de 2023, o que é considerado alto para um primeiro semestre. Com isso, o consumidor segurou os gastos, o que freou as vendas do comércio. Na visão da líder empresarial, o pior problema ainda é a inadimplência, que está em 29%. Desses, 3% afirmaram que não vão pagar. A média normal de não pagamento de dívidas em outros anos ficava entre 0,9% a 1,3%. Ou seja, neste ano está mais do que o dobro.
Já na Região das Hortênsias, onde o fim do ano é considerado um período de alta temporada, o Sindilojas que abrange Gramado, Canela, Nova Petrópolis, São Francisco de Paula, Picada Café, Jaquirana e Cambará do Sul, em pesquisa realizada pela entidade com associados, detectou que "25% das empresas têm previsão para contratação para vagas fixas de novos colaboradores para o final do ano".
No Estado, segundo dados coletados pela FGTAS, as unidades de atendimento no Rio Grande do Sul estavam 1.182 vagas temporárias disponíveis há duas semanas. O setor com mais oportunidades era o de serviços, com 51% das ocupações, seguido pelo comércio, com 22%. Das oportunidades abertas, 85% não exigiam experiência e em 26% havia necessidade de Ensino Fundamental completo. A faixa salarial para 70% das oportunidades era de dois a três salários mínimos. As agências com mais vagas abertas eram para a região litorânea. As ocupações com maior número de oportunidades eram: trabalhador volante da agricultura (211), atendente de lojas e mercados (193), alimentador de linha de produção (154), operador de caixa (147) e repositor de mercadorias (83).
Treinamentos na própria loja
No caso das lojas de Idalice Manchini, a Pole Modas, três das cinco unidades estão com vagas efetivas disponíveis. No estabelecimento do bairro de Nossa Senhora de Lourdes, a busca é por vendedora. Na loja de São Pelegrino, por costureira, além de vagas abertas para trabalhar com mídias sociais. A empresária quer incrementar em 10% o quadro de funcionários:
— A entrevista é aqui, o que a gente percebe são os valores (da pessoa). A gente conversa bastante, pergunta onde mora, de onde vem, se mora com os familiares, se vem de outra cidade, se tem criatividade, se não é tímida, se é otimista. Porque 50% são os valores, o restante a gente treina.
A experiência é considerada um complemento, segundo Idalice, pois, quando contratado, o novo funcionário passará por cursos internos e externos em entidades do município. Também há capacitações no início do mês, para equilibrar as diretrizes de marketing e vendas na própria loja, além de um encontro semanal com toda a equipe.
A gerente da loja de Lourdes, Patrícia Schroeber, 52 anos, trabalha desde que a loja abriu, há quase oito anos. Segundo a profissional, que auxilia na seleção de novos talentos, atualmente os candidatos têm um pensamento diferente. Acreditam que vender é fácil e que podem trabalhar no comércio, caso não consigam vaga em outro segmento. Porém, a gerente acredita que para a área de vendas é necessário ter qualificações específicas, como ocorre em qualquer outro segmento.
— Além de haver pessoas que utilizam o comércio como última opção de trabalho, a gente perde muito funcionário porque não quer trabalhar no sábado. Ganharia mais no comércio, mas prefere receber menos e ter o lazer com a família — explica Patrícia.
Jovem preferiu empresa que ofertava plano de carreira
Hannah Soares, 22 anos, aproveitou a fase de ampliação das vagas para conseguir uma nova oportunidade. Ela começou a carreira cedo, já tem cinco anos de experiência em vendas e assistência técnica. Isso facilitou a contratação, há poucas semanas, em uma loja de telefones, localizada na Rua Garibaldi, no centro de Caxias.
— Para quem procura, é mais fácil (ser contratado no final do ano), abrem mais vagas, o movimento é bem maior e as pessoas necessitam (da mão de obra). Escolhi aqui porque tem um plano de carreira, e prefiro essas empresas que têm treinamentos e dão chances para crescer — afirma a jovem.
A nova funcionária conta que participou de um processo seletivo, treinamentos de comunicação com o cliente, identificação rápida de problemas em eletrônicos e atendimento geral de público.
A rede onde Hannah trabalha conta com cinco lojas espalhadas pela área central de Caxias. A empresa iniciou a contratação de novos funcionários em outubro para ter tempo hábil para o treinamento inicial. A intenção, segundo Monique Pereira, 27, subgerente da rede que faz a seleção de talentos, é contratar ainda outras seis pessoas: duas vagas para atendimento, duas para vendas e outras duas para técnico de manutenção.
A área de manutenção, segundo Monique, é a que mais possui exigências, pois há o estágio 1, que precisa de experiência na área, e o 2, que além da experiência precisa ter o curso de técnico em eletrônico. Esse profissional vai fazer reparos em placas e o conserto na área das telas. As demais vagas precisa ter mais de 18 anos e boa comunicação. Com experiência, elevam-se as chances do candidato.
A proprietária da rede, Mariele Gautier, 25, afirma que o mercado de serviços na área eletrônica está em expansão. Atualmente, tem 12 funcionários, por isso, destas outras seis vagas temporárias abertas, há possibilidade de efetivação em todas. Além disso, a expectativa da proprietária é que a rede abra mais lojas pela cidade. Mas, o que limita esse crescimento no atual cenário, é a necessidade de encontrar pessoas capacitadas.
- Procuramos um perfil responsável, porque atualmente todo mundo precisa na área de celular. Se tu avisar ao cliente para vir buscar o aparelho tal hora, tem que entregar naquele horário, tem que ter responsabilidade e pontualidade, além saber conversar. Inclusive o técnico, porque ele vai precisar ter desenvoltura para explicar ao cliente o problema - descreve, Mariele, as características do profissional procurado.
A empresa atua com vendas de celulares, acessórios para aparelhos e manutenções. Neste final de ano, projeta um crescimento de 80% nas vendas, segundo Mariele, devido ao recebimento do 13º, em que muita gente se programa financeiramente para trocar de aparelho.
De iniciante a efetivo
Assim como o comércio de rua, as vendas aumentam no final de ano para as lojas nos shoppings, o que também abre vagas, inclusive muitas efetivas. Proprietário de uma loja de vestuário feminino e masculino, localizada há seis anos em um shopping de Caxias, Felipe Kreling busca por estoquistas e vendedores, com idade acima dos 18 anos. Não é exigida experiência na área, mas seria desejável.
São funções típicas de comércio. Por exemplo, o estoquista vai organizar o armazenamento de produtos, dar entrada nas notas fiscais, etiquetar, liberar para exposição e fazer reposição. Já o vendedor terá contato direto com o público. Kreling comenta que três vagas estão abertas na loja de Caxias e outras quatro na loja em Porto Alegre, e a própria empresa faz a seleção.
- O perfil procurado pela empresa é o de pessoas nesta vibe de praia, de skate, que goste de estudar, de bater meta, comunicativo, gostar de desafio. É um ambiente legal e divertido, mas é um negócio. Tem que estar atendo em vendas e nas marcas que a gente trabalha.
Uma vaga em Caxias foi preenchida há menos de uma semana pelo João Víktor Kemmerich Lemos, 17 anos. O adolescente está no primeiro emprego efetivo. Havia trabalhado apenas como menor aprendiz. Lemos diz que optou pela loja pelo estilo, que tem um ambiente ligado ao skate e ao surfe, com marcas conhecidas por esse público, de roupas e calçados, tanto femininas quanto masculinas. O adolescente pretende se dedicar para ser efetivado, após o período de experiência.
- Planejo continuar aqui, mesmo após o movimento de fim de ano, por me identificar muito com a loja. Realmente vejo que vou gostar - prevê Lemos.
O jovem acredita que a venda é uma técnica que precisa ser aprimorada com o tempo. Por isso, sempre que possível, faz capacitações e busca aprender mais detalhes sobre o segmento do comércio. Lemos foca também no atendimento ao público, na loja física e no contato com o produto. O objetivo de Lemos é possível. Outros funcionários que entraram no final de ano e apresentaram bom desempenho continuam na loja. A performance do colaborador é fundamental para a continuidade do colaborador, diz Kreling:
- Temos dois casos interessantes. Nossa gerente, a Mariana, que começou em dezembro de 2017 conosco, segue até hoje como nosso braço direito. E temos um vendedor, o Lucas, que começou como reforço em 2020 e segue conosco também.
Primeiro emprego
Assim como João Lemos, o colega Lucas Cuse, 21 anos, também está no primeiro emprego. Cuse ressalta que se interessou pela vaga por se identificar com o estilo, por isso, se empenhou ao máximo nas vendas e conseguiu um resultado positivo. Agora, com quase três anos no estabelecimento, ensina o que aprendeu para os novos colegas. E segue se aperfeiçoando nos diversos cursos e treinamentos oferecidos para a equipe.
- A gente sempre participa de palestras do Sindilojas. Me lembro que ano passado participei de uma que falava que a gente precisa vender o ano todo, não só no Natal. Tem que estar se renovando constantemente - afirma ele.
O final de ano, com a chegada do verão e datas importantes de vendas, como Black Friday e Natal, proporcionam que a loja aumente o fluxo diário de clientes. A expectativa do proprietário, Felipe Kreling, é que haja um crescimento de 20% nas vendas. O empresário relata que, nesta época do ano, a dificuldade maior para a contratação de reforços é motivada pelo horário do shopping. Mesmo com a folga disponibilizada ao longo da semana, muitas pessoas não gostam de "perder o final de semana".
Como ser um diferencial na hora da contratação
Proprietário da INV Recursos Humanos, Glenio Luiz da Rosa e Silva, 63 anos, atua na área há 36 anos e acompanha a evolução do mercado de trabalho. O profissional dá dicas para os candidatos aumentarem a chances de ingressarem no comércio local, nesta época de boas oportunidades para o setor.
Segundo Silva, a pessoa precisa ser boa naquilo que se propõe a fazer, ter um perfil comportamental adequado, ter paciência para construir uma carreira, estar atento as oportunidades, verificando as divulgações, por meio dos canais digitais, em empresas de RH ou outros meios. Além disso, um currículo bem elaborado aumenta o interesse da empresa. Para a entrevista, o candidato deve buscar antecipadamente informações sobre a empresa e a vaga que concorre. A pessoa deve vestir-se adequadamente, ser pontual, tratar o entrevistador pelo nome, olhando nos olhos ao responder as perguntas, sendo autentico e deixar o celular de lado.
Com a evolução tecnológica, muitas empresas passaram a fazer o processo de seleção por meio de sites e plataformas, o que, na visão do especialista Glenio Silva, torna o processo mais frio, já que não há o olho no olho e o candidato precisa ser tolerante, já que a tendência é que o processo seja demorado, com várias etapas iniciais para depois ter a entrevista pessoal.
Silva avalia que o mercado atual tem mais vagas de emprego e menos pessoas à procura. Explica que, devido às últimas crises financeiras e à pandemia, a população tornou-se mais empreendedora, portanto, o retorno para o mercado formal de trabalho está desafiador para as empresas.
Uma característica que diferencia o profissional é a capacitação. De acordo com o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Inovação de Caxias, Élvio Gianni, os empresários estão investindo em cursos, treinamentos e preferem um profissional com boa vontade e capacitado. Segundo Gianni, os proprietários de lojas do comércio pediram apoio da prefeitura, ao longo dos anos, porque entendiam que havia demanda por contratações e pessoas desempregadas ao mesmo tempo, "mas a conta não fechava". Por isso, foi criado o programa Capacita Caxias, que proporciona cursos básicos gratuitos.
- O programa fechou o primeiro ano com 1,5 mil pessoas capacitadas em mais de cem cursos, de acordo com as maiores necessidades das empresas. Atualmente, estamos voltados ao comércio, com uma parceria com o Sindilojas, dando cursos de vendas. Depois virão cursos para a indústria, que está crescendo em Caxias - afirma Gianni.
Em avaliação da secretaria junto aos empresários, percebe-se que o proprietário de um comércio ou estabelecimento de outro segmento local prefere mesmo fazer a contratação de uma pessoa efetiva. A preferência é por investindo na capacitação do colaborador em vez de abrir vagas temporárias e passar pelo desgaste de preparar o profissional para demiti-lo na sequência.
Com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), referentes a gosto, Caxias do Sul tem 27,8 mil pessoas trabalhando no comércio, são 56,3 mil nos serviços e 71 mil pessoas na indústria. Gianni entende que é um mercado de trabalho grande e cobiçado. Caxias tem 87 mil CNPJs, segundo o secretário, e, desses, 92% são de pequenos empreendedores, que geram empregos o ano todo.
O objetivo de capacitar pessoas, de forma gratuita, para garantir um serviço de qualidade ao cliente, também é visualizado pelo Sindilojas Hortênsias. Para a região, o período natalino é sinônimo de grande fluxo de turistas, que, consequentemente, gera maior circulação no comércio. O Sindilojas Hortênsias, por intermédio do Programa Mais Comércio, oferece dois cursos gratuitos, buscando a qualificação de equipes: "A arte de se comunicar e vender mais" e "Inteligência emocional e vendas".
Pesquisa de Temporários 2023 da Fecomércio RS
A Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul (Fecomércio-RS) realizou, como de costume, uma pesquisa para identificar a quantidade de vagas temporárias que serão abertas pelo comércio no final de 2023.
Neste ano, a coleta de dados foi feita em 875 estabelecimentos gaúchos entre os dias 11 de agosto a 30 de agosto, desses, 385 responderam. A pesquisa é separada em macrorregiões: Caxias do Sul, Ijuí, Pelotas, Porto Alegre e Santa Maria. Dos 385 participantes da entrevista, 52 estabelecimentos pertencem a macrorregião de Caxias.
Confira dados compilados pela pesquisa:
:: A seleção de trabalhadores temporários será realizada no próprio estabelecimento de trabalho em 82,8% dos casos.
:: A maioria dos estabelecimentos, 79%, tem até 10 funcionários.
:: Os estabelecimentos que contratarão temporários afirmaram que pretendem empregar, em média, uma quantidade semelhante à contratada no ano passado.
:: O processo seletivo, em 61,3% dos estabelecimentos, contará com algum tipo de exigência para o preenchimento das vagas. Entre as exigências, a mais frequente é a experiência (63,1%) seguida de grau de instrução (36,9%).
:: A falta de qualificação dos candidatos é apontada por 36,1% como uma dificuldade para contratação. A indisponibilidade de horários dos candidatos aparece como uma dificuldade para 18,7% dos estabelecimentos entrevistados, enquanto que 13% indicaram a falta de candidatos para as vagas oferecidas.
:: A maior parte (64,9%) dos estabelecimentos que pretende contratar temporários deverá fazê-lo para a atividade de vendas/comercial. As demais indicações se distribuem entre as funções operacional/técnico/administrativo (15,6%), serviços gerais (15,6%), caixa/crediário (13,8%) e estoque/depósito (12,5%). As lojas de vestuário compõem 43,6% do número total de estabelecimentos entrevistados, com a segunda maior participação sendo das lojas de calçados e acessórios (21,3%).
:: Conforme as expectativas dos estabelecimentos, 32,6% dos trabalhadores contratados como temporários possuem chance de efetivação após o final do contrato. Na comparação com o ano passado, será um percentual levemente menor.
:: A maior parte dos estabelecimentos (71,7%) dará início às atividades dos trabalhadores temporários entre novembro e dezembro. O encerramento previsto dos contratos deve ocorrer de forma concentrada em janeiro (47,0%).
:: Ao comparar as contratações de temporários pretendidas para 2023 com aquelas ocorridas em 2022, 56,7% dos estabelecimentos devem contratar um volume de funcionários igual ao do ano passado. Para este ano, 22,2% dos estabelecimentos afirmaram que aumentarão as contratações (em volume maior ou muito maior) em relação a 2022, enquanto que 21,1% deverão contratar um número inferior de funcionários temporários (em volume menor ou muito menor).
:: O tipo de contratação será de experiência em 61,8% dos locais citados.
Sindilojas Caxias se baseia na pesquisa da Fecomércio
O presidente do Sindilojas Caxias, Rossano Boff, destaca que a entidade se baseia na pesquisa da Fecomércio para ter noção das contratações de final de ano. Mas, em pesquisa informal com a diretoria do Sindilojas, que é composta por 22 empresários, pelo menos cinco informaram que pretendem contratar neste final de ano.
- Dos cinco, três têm intenção de contratar temporários; e dois, efetivos. Ou seja, a intenção dos empresários é com a efetivação do funcionário. Batemos nessa tecla: tudo depende do desempenho do funcionário, mas a contratação efetiva é uma pretensão dos nossos empresários caxienses.
Segundo Boff, após a passagem do Dia das Crianças, já há o pensamento voltado ao Natal, por isso, desde outubro as empresas começam as contratações para ter tempo hábil de preparar o novo funcionário. As contratações, de acordo com o presidente do Sindilojas são para cargos voltados ao atendimento ao público, como gerente de loja, consultor de vendas e operador de caixa em todos os segmentos.
Boff afirma que a expectativa é que haja um acréscimo nas vendas entre 10% e 15% em relação ao final do ano passado, com abertura do comércio de domingo a domingo. O Natal, segundo Boff, é a data mais importante do segmento ao longo do ano, sendo acompanhado pelo Dia das Mães. Em comparação com os demais meses do ano, há expectativa de retomada dos percentuais positivos.
- Começamos o ano com números positivos, aí não veio o frio e a entrada da primavera/verão não entrou bem. Portanto, a metade do ano foi com números negativos no comércio. Com o Natal e o calor que ocorre agora, já temos perspectivas positivas - diz Boff.
Já o secretário Élvio Gianni salienta que a previsão do comércio para as vendas também gera a expectativa de um bom desempenho econômico do município ao final de ano. Cita a Mercopar, com a quantidade recorde de expositores e números de negócios realizados, que já permitiu a visualização de um futuro próximo com retomada de investimentos e confiança de empresários. Portanto, o secretário acredita que a animação dos empreendedores e o pagamento do 13º salário vão gerar ganhos econômicos para Caxias.