Neste sábado, Nando Reis volta a Caxias para mostrar as canções do seu novo trabalho, Sei. O disco, que rompe um hiato de três anos sem novidades na carreira de Nando, é um trabalho independente e teve a produção assinada por Jack Endino, notória figura do universo musical.
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Para o show no palco da All Need Master Hall, o músico vem acompanhado de Os Infernais e promete canções inéditas como Pré-Sal, além dos sucessos já conhecidos As Coisas Mais Lindas e Relicário.
Confira trechos da entrevista:
Pioneiro: A última vez que você esteve em Caxias foi para cantar o Bailão do Ruivão. No repertório, Fogo e Paixão e Você não Vale Nada. Agora vem as canções de Sei. Do brega ao rock, tudo isso cabe em um mesmo Nando?
Nando Reis: Sim. O Bailão é um disco de exceção. Nele, gravei músicas de outros autores, coisa que não tinha feito ainda. Se você comparar um show com o outro, parecem coisas contrastantes. Mas não são. É a mesma pessoa e a mesma banda.
Pioneiro: O fato desse novo disco ser independente, te deixou mais livre para criar e compor?
Nando: A minha primeira resposta é não porque eu sempre gravei o que eu quis. Mas, por outro lado, te digo talvez, já que quis gravar em Seatlle (EUA). Se eu tivesse em uma gravadora, talvez não tivesse verba para isso. E como fui eu que paguei, fiz como eu quis. A experiência de ser independente mudou radicalmente a forma de tratar a minha carreira na parte comercial. O que também me pilha é que sempre achei que as gravadoras vendem discos com os preços muito altos.
Pioneiro: Por isso os fãs 'precificam' os discos no site?
Nando: Isso! É legal ver que a cada semana ele está com um preço. As lojas estão acabando, então quero criar a ideia de que o lugar para comprar os meus discos é o site. Por lá, também estou em contato direto com as pessoas que realmente gostam do meu trabalho.
Pioneiro: Muitas das tuas letras embalam romances. O amor é um dos combustíveis para o teu processo criativo?
Nando: Meu combustível são as minhas relações pessoais, minhas inquietações, meus desejos e frustrações.
Pioneiro: As letras de Sei são verborrágicas e muito ricas em detalhes...
Nando: Eu sou muito verborrágico. Quando faço uma música, não meço as palavras.
Pioneiro: Tudo o que tu sentes, vai para o papel e vira som?
Nando: Tudo acontece junto, som e papel. É muito raro eu escrever uma letra e só depois musicá-la.
Pioneiro: Tu já fizestes muitas parcerias, dentro e fora dos Titãs. Quem está faltando nessa lista que inclui Marisa Monte e Cassia Eller?
Nando: Milhões de pessoas. Não escolho parceiros. Na maioria das vezes, eles caem do céu. Acabou de sair um disco com um músico que tenho uma grande admiração. É o Fábio Cascadura, da banda Cascadura, da Bahia.
Pioneiro: E o que tu estás escutando agora?
Nando: O disco do Cascadura. Antes disso estava em uma fase Led Zeppelin por conta do meu filho que está descobrindo esses discos.
Pioneiro: E os próximos planos?
Nando: Curtir muito essa turnê do Sei.
PROGRAME-SE
O que: show com Nando Reis
Quando: sábado, às 23h30min
Onde: na All Need Master Hall ( Castelnovo, 13.351), em Caxias do Sul
Quanto: R$ 60 (pista), à venda na Certel Caxias do Sul (Av. Júlio de Castilhos, 1.917), Certel Farroupilha (Coronel Pena de Moraes, 333), Certel Bento Gonçalves (Marechal Deodoro, 256), Óptica Martinato (Av. Júlio de Castilhos, 1.867) e no site www.blueticket.com.br (há taxas).
Informações: (54) 3028.2200
Música
"Eu sou verborrágico", afirma Nando Reis, que se apresenta neste sábado, em Caxias
Ex-titã mostra, no palco da All Need Master Hall, os sucessos do último trabalho, 'Sei'
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