“Tu moras em Caxias, né? Não, eu moro em Galópolis”. Essa peculiar resposta, ouvida com frequência em distritos e bairros mais afastados, dá bem a noção de pertencimento, identidade própria e forte vínculo comunitário, elementos cada vez mais valorizados pelo turismo de experiências no interior da Serra. E o passeio promovido pela Associação Turística Galópolis Tecendo Histórias, na última sexta-feira, comprovou isso à perfeição.
Entrar na cozinha de dona Lídia Canale e ouví-la detalhando o preparo do almoço; conferir parte da trajetória do visionário Hércules Galló a partir do relato de seu bisneto Renato Sólio; saborear os canudos de creme do Café Galópolis, podendo levá-los em uma embalagem que reproduz as casinhas da antiga Vila Operária; percorrer o primeiro museu a céu aberto do sul do Brasil – sim, ele fica em Galópolis; provar as cervejas artesanais da Ordeo, degustar os vinhos e espumantes da Quinta Don Bonifácio... O dia foi curto para tantos locais, histórias e gentes para se conhecer.
E o charmoso bairro oferece muito mais, tanto que a Tecendo Histórias trabalha o slogan "Juntos pelo desenvolvimento do turismo, fortalecimento da comunidade, preservação dos valores culturais e da memória histórica de Galópolis”.
Falando em memória, reproduzimos acima uma das imagens que decora o Café Galópolis: a antiga vila captada em meados de 1949, pouco depois de a Igreja Nossa Senhora do Rosário de Pompéia ser inaugurada, em 1º de março de 1947. Simbolicamente, o veículo estacionado junto à recém-concluída BR-116 inspira a contemplação de quem chega.
Traduzindo: venha sem pressa, Galópolis te espera!