A ponte do Rio das Antas, na BR-470, é um cartão-postal da Serra Gaúcha há 70 anos - e seus primórdios estão registrados também em película. Produzido pela Leopoldis-Som para o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (DAER) em 1953, o filme O Aspecto Rodoviário do Rio Grande do Sul mostra a ponte poucos meses após a inauguração, com a estrada ainda sem asfalto.
Conforme destacado pelo colega de memórias Leandro Staudt, da Gaúcha/ZH, depois de dez anos de obras - iniciadas em 16 de fevereiro de 1942 -, a travessia foi inaugurada em 31 de agosto de 1952, época em que o então governador Ernesto Dornelles liberou oficialmente o tráfego de veículos no limite de Bento Gonçalves e Veranópolis.
Com 277 metros de extensão, a ponte foi considerada na época a terceira do mundo em arcos isolados e a primeira com arcos paralelos. Essa estrutura faz com que o peso da construção seja sustentado pelos arcos, enquanto pontes tradicionais contam com pilares que transferem o peso ao solo.
O vão tem 186 metros de extensão entre os pontos de apoio, situados nas margens do rio. A complexa obra consumiu 4,5 mil metros cúbicos de concreto e 320 toneladas de ferro.
Nome oficial
A ponte foi batizada de Ernesto Dornelles após o falecimento do ex-governador, em 30 de julho de 1964. Ela é também conhecida como “Ponte dos Arcos”.
Logotipo do DAER
A Ponte Ernesto Dornelles é um dos orgulhos do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (DAER). Ela inclusive está desenhada no logotipo do DAER, responsável pela construção (foto acima).
Desde 2019, a estrutura está sob responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).