Às vésperas do Natal, impossível não lembrar daquela que é considerada a mais bela árvore que já decorou a Praça Dante Alighieri. Conforme já destacado neste espaço, o pinheiro de metal que encantou gerações de caxienses era adornado por centenas de lâmpadas incandescentes coloridas, que davam forma às estrelas e acendiam em sequência, promovendo uma espécie de êxtase coletivo – tanto para quem via de baixo quanto dos prédios.
Cenário para fotografias e ponto de visitação obrigatório a partir da segunda metade dos anos 1960 até meados dos 1980, a estrutura instalada dentro do chafariz abrigava ainda um presépio e uma leva de patos e marrecos – circulando na água e fazendo a festa das crianças.
A criação
Embora sua criação seja atribuída por muitos ao médico Darwin Gazzana, idealizador de diversos carros alegóricos e figurinos da Festa da Uva, o pinheirinho foi projetado por dona Elyr Ramos Rodrigues, então diretora da Escola Superior de Belas Artes, à época localizada na Rua Dr. Montaury (atual Casa da Cultura).
A informação foi confirmada por diversas antigas alunas, a partir do compartilhamento de registros nos perfis do Facebook “Caxias do Sul Contemporânea” e “Caxias do Sul Fotos Antigas”. Na imagem ao lado, a majestosa árvore destacada em um cartão-postal datado de 1968.
Detalhe 1: uma das tantas lembranças da época era o barulhento gerador de energia que alimentava as centenas de lâmpadas coloridas.
Detalhe 2: consta que, após deixar de ser montado na Praça Dante Alighieri, o pinheiro passou a compor a decoração natalina de Galópolis, tendo ficado por anos guardado no antigo Lanifício Sehbe (Cootegal).
Início em 1952
A instalação de uma árvore de Natal dentro do chafariz ocorreu pela primeira vez no Natal de 1952, durante a administração do prefeito Euclides Triches. A prática durou até meados dos anos 1970, quando a estrutura deixou a fonte e passou a “transitar” por outros pontos da praça – mais próximos do calçadão, surgido em 1979.
No caso do “mais famoso pinheirinho”, as camadas de galhos foram diminuindo com o tempo, e a árvore foi perdendo altura, até ser retirada definitivamente do contexto natalino do Centro. Uma lástima...