Ponto de referência da Rua Visconde de Pelotas, entre a Sinimbu e a Av. Júlio de Castilhos, o edifício do Círculo Operário Caxiense foi inaugurado em 25 de julho de 1965, marcando a grande expansão dos serviços oferecidos aos associados desde a fundação da entidade, em 1934.
Conforme a publicação Círculo: Uma Trajetória de Conquistas e Realizações, o Edifício São José Operário, seu nome oficial, começou a tomar forma por volta de 1960, ao lado da então sede administrativa. Foi batizado em homenagem ao padroeiro do homem trabalhador e de sua família. E o principal mentor da obra, o padre Angelo Tronca, foi seu morador mais famoso: residiu no último dos 13 andares do prédio de outubro de 1965, três meses após a inauguração, até falecer, em 1993.
Reportagem do Pioneiro de 30 de julho destacou a solenidade de inauguração. Pelas novíssimas dependências do prédio passaram o sub-chefe da Casa Civil da Presidência da República, Nelson Gouvea, os deputados federais Euclides Triches e Rubem Bento Alves, o prefeito Hermes João Weber, e representantes do Círculo, como o presidente Alcides Perottoni, o orador Agenor da Silva e o próprio padre Tronca, à época assistente eclesiástico do Círculo. Após os discursos oficiais, foi celebrada uma missa pelo então bispo diocesano Ernesto Brandalise, seguida de um lauto almoço no CTG Rincão da Lealdade.
Nas imagens desta página, três momentos do surgimento do prédio, com uma Visconde de Pelotas ainda de paralelepípedos e mão dupla. Algo bem distante do cenário atual...
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Além de abrigar consultórios médicos e cursos de datilografia, o prédio sediou o lendário Cinema Imperial, endereço obrigatório para os cinéfilos dos anos 1970, 1980 e parte dos 1990.
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