Inaugurado em 28 de fevereiro de 1954 pelo presidente Getúlio Vargas, o Monumento Nacional ao Imigrante era ponto turístico obrigatório para quem passava por Caxias nos anos 1950, 1960 e 1970. Se hoje o espaço já não atrai mais tanto os turistas e carece de segurança e estrutura de pessoal para receber visitantes aos domingos, sua história foi eternizada por praticamente todos os fotógrafos que atuaram em Caxias a partir da segunda metade do século 20.
Hildo Boff ( 1931- 2014) foi um deles. Além de captar a instalação das estátuas, em 1954, registrou diversos momentos em família junto ao casal em bronze. São do acervo herdado por Ricardo Boff, filho de Hildo e Heduviges Panarotto Dias Boff, as três imagens reproduzidas nesta página. Trata- se de um "giro" do casal pela BR- 116, acompanhado de parentes, em 1958, quatro anos após a entrega das estátuas.
Obras do escultor Antonio Caringi, elas foram moldadas no Rio de Janeiro e fundidas posteriormente na Maesa – sob a supervisão do mestre italiano Tito Bettini. Já os relevos dos três painéis do obelisco traduzem a chegada dos imigrantes ( o de baixo), a vitória pelo trabalho ( o ao centro) e a integração do imigrante no espírito da pátria ( ao alto).
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Visite a cripta
O Monumento Nacional ao Imigrante reverencia não só os imigrantes italianos, mas todos os que vieram para o Brasil e ajudaram a construir uma nação plural e miscigenada. É exatamente esse contexto misto o atrativo da cripta, denominada Espaço Cultural Antonio Caringi.
Além de painéis, imagens e objetos abordando a imigração nos contextos internacional, nacional e regional, uma exposição permanente detalha a criação das estátuas em documentos fotográficos.
Visitação de terça a sexta, das 9h às 17h, e sábados, das 11h às 17h, com entrada franca. Aos domingos, em esquema de rodízio com os demais museus públicos. Informações: 3901.8940.
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