O ano de 2018 marca as seis décadas da estreia de Werony Sartori na crônica social do Rio Grande do Sul, em 1958. E no dia do aniversário de 87 anos de dona Werony, celebrado neste 16 de maio, recordamos de parte da trajetória dessa importante personalidade de Caxias do Sul – atuante nos maios diversos meios de comunicação e entidades de cunho beneficente e social.
A inclinação para a escrita com as impressões do cotidiano acompanhava a então estudante do Colégio São José desde a adolescência. Tanto que aos 15 anos, Werony, sob o pseudônimo Mary Magda, já escrevia cartas para revistas que incentivavam relacionamentos.
Seu projeto de vida era formar-se em Pedagogia para lecionar, mas, por determinação do pai, Manoel Pereira dos Santos, fez a Escola Técnica de Comércio no Colégio São José, diplomando-se no final de 1950. Já o casamento com Nicolau Sartori chegou em 1952, após três anos de namoro. Foi a partir daí que o protagonismo social de Veroca, como dona Werony é conhecida pelos amigos, começou a tomar forma.
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Em 1958, o casal assumiu a presidência do Clube de Cultura do Lyons Clube Caxias, o que oportunizou a Werony, então com 27 anos, ganhar notoriedade como cronista – ao organizar e divulgar eventos benemerentes promovidos no Clube Juvenil e no Recreio da Juventude. Era o início de uma carreira que se estendeu até meados dos anos 2000 e que incluiu, entre tantas atividades, noções de etiqueta para as debutantes do Juvenil (foto abaixo).
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Atuação na Rádio Caxias e na Folha da Tarde
Em 1958, Werony começou a atuar na crônica social de imprensa, enviando notas para a Rádio Caxias e para os periódicos da Cia. Jornalística Caldas Júnior, de Porto Alegre. As informações, mesclando casamentos, aniversários e festas em geral, passaram a ser assinadas por ela em 1961, quando a Caldas Júnior instituiu, por sua sugestão, a coluna Folha da Tarde Interior.
Foi neste espaço que dona Werony entrevistou e deu visibilidade estadual às senhoras participantes do badalado evento "As 10 Mais Elegantes de Caxias do Sul", organizado pelo então colunista social do Pioneiro Christiano Carpes Antunes.
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Por volta dessa época, Werony também estendeu sua atuação para além de Caxias e Porto Alegre. Graças a uma entrevista feita com o empresário Ivo Rizzo, que estava assumindo a Sociedade Amigos da Praia de Torres (SAPT), conquistou a inédita condição de correspondente regular no Litoral durante a temporada de veraneio.
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Em 1975, Werony foi contratada como colunista do semanário Jornal de Caxias. À época, propôs aos gestores a criação de um modelo de festa beneficente que revolucionaria a sociedade caxiense: um grande jantar anual em homenagem a personalidades do empreendedorismo e voluntários de causas sociais.
Era o início do Troféu Caxias, uma parceria entre a Rádio Princesa e o Jornal de Caxias. O prêmio estendeu-se por 18 edições, mesmo depois de o Pioneiro ter incorporado o Jornal de Caxias e transformado-se em diário, em 1981. A premiação de cunho beneficente evoluiu e ganhou visibilidade estadual, tendo sua última edição ocorrida em 1996, mesma época em que Werony deixou de atuar como colunista social do Pioneiro — deixando como legado um exemplo de profissionalismo, comprometimento e dedicação ao trabalho.
Na imagem acima, um registro do Troféu Caxias de 1989, quando o casal Henrique Ordovás Filho e Reny Camila Damin Ordovás recebeu a láurea em Assistência Social. Eles aparecem junto ao casais Antoninho e Nely Calcagnotto (à esquerda) e Bernardino e Virgínia Conte (diretores do jornal).
A família
Dona Werony e seu Nicolau Sartori tiveram quatro filhos: Ricardo, Katia, Raquel e Alexandre.
Colaboração
Informações desta coluna são uma colaboração do jornalista Paulo Renato Marques Cancian, que atualmente organiza um livro abordando a trajetória de dona Werony Sartori e sua família.
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