Foi durante um baile no antigo Balneário Lermen, próximo ao Estádio Centenário, que o mecânico iniciante Raul Randon e a jovem Nilva Therezinha D’Agostini começaram a namorar, em dezembro de 1950. Embora se conhecessem desde 1948, foi uma espécie de "armação" que aproximou os dois definitivamente. Ele tinha 21 anos, ela, 16.
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Conforme relatado na biografia Os Olhos de Quem Vê, lançada em 2009, durante um almoço no dia do baile, Raul dirigiu-se ao amigo Onorino e pediu, em tom de brincadeira, que ele levasse "alguém" para lhe fazer companhia e dançar naquela noite.
"Onorino entendeu o recado e assim que chegou em casa, no fim daquela tarde, convidou sua esposa Maria e a irmã dela, Nilva, para irem ao baile. Quando Nilva chegou com a irmã e o cunhado ao baile, Raul já estava sentado no salão com alguns amigos, à sua espera. Ela nada sabia do combinado entre os dois. Raul aproximou-se dos recém chegados e, entre uma palavra e outra, passou a dar atenção especial a Nilva. Os dois passaram a noite toda conversando e dançando. Ao final do baile, estavam namorando".
Oficializado o noivado em 3 de novembro de 1954, dia do aniversário de 20 anos de Nilva, o casamento foi marcado para 14 de janeiro de 1956 - mas teve de ser adiado devido à morte de Abramo, pai de Raul. A cerimônia ocorreu em 3 de março daquele ano, na Igreja Santa Catarina, paróquia dos noivos, seguida de um banquete magistralmente preparado por dona Elisabetha Randon (mãe de Raul).
Porém, os compromissos na iniciante Randon não possibilitaram a realização da tradicional lua-de-mel. Na segunda-feira, dia 5, Raul estava cedo na fábrica para trabalhar. O casal só viajaria um mês depois, para Passo Fundo e, posteriormente, a Tangará, em Santa Catarina, terra-natal do empresário.
Raul Randon morreu no dia em que completaria 62 anos de casamento com dona Nilva.
Os filhos
Raul e Nilva somavam três anos e meio de casados quando nasceu o primogênito, David Abramo, em 3 de setembro de 1959. Um ano depois, em 5 de dezembro de 1960, nascia Roseli e, na sequência, Alexandre, em 18 de maio de 1962. A família completou-se com a chegada de Maurien Helena Randon, em 19 de agosto de 1965, e o caçula Daniel Randon, em dezembro de 1976.
A biografia
A trajetória de Raul Anselmo Randon foi detalhada na biografia "Os Olhos de Quem Vê", lançada em 2009 pela Editora Belas Letras. O amplo material coletado, depoimentos, fotografias, curiosidades e um panorama da família Randon desde os primórdios do século 20, ficou a cargo de Tania Tonet, Charles Tonet e Diogo Osório Tonet.