O Caxias de 2025, enfim, deu as caras. Com um novo presidente, o retorno de um vice de futebol identificado com o clube e um técnico que conhece muito da realidade do futebol gaúcho, o Grená parece querer respirar novos ares no próximo ano.
Por mais que a equipe de trabalho seja baseada no mesmo grupo gestor que comanda o Caxias desde 2016, o perfil muda em relação ao período de Mario Werlang. E isso ficou claro nas primeiras entrevistas de Roberto de Vargas.
Falas mais contundentes, vibrantes e que buscam mostrar que o Caxias que ele e seu grupo de trabalho querem para 2025 precisará ser muito mais vibrante do que esse que acabou a temporada celebrando a permanência na Série C.
De Vargas se entitulou um dirigente centralizador e prometeu um diálogo mais próximo com o Conselho. Além disso, deixou claro que o acesso à Série B é o grande objetivo e o maior desafio da sua caminhada. Só que para isso se concretizar o caminho é longo e passa muito pelas decisões dos próximos meses.
Setti retorna ao clube para ser o líder do futebol, do vestiário, das contratações. Tem história e bagagem para isso. É uma aposta dessa direção, que remete os discursos às raízes grenás, a origem de um clube e um time guerreiro e brigador. Luizinho Vieira é um conhecedor do Gauchão e construiu uma carreira sólida nas últimas temporadas.
A dupla será determinante na montagem do elenco. Sem o cargo do diretor executivo, o Caxias vai no "modelo antigo", que já teve sucesso em outros anos. Vale lembrar que, com Setti no cargo de vice de futebol, o Caxias bateu na trave para voltar à Série B em 2013 e 2014. Não se pode negar que ele tem essa habilidade para montar bons elencos.
Muitas vezes, o maior problema esteve mesmo fora de campo, seja pela dificuldade financeira ou por alguma crise criada nos momentos decisivos. Que em 2025 a história seja diferente e a expectativa criada agora vire uma celebração ao final da Série C do próximo ano.