A emoção tomou conta do gramado do Estádio Alfredo Jaconi após o apito final de Andressa Hartmann. E na invasão de gramado da comissão técnica e das suplentes do Verdão, em meio a neblina, um abraço vibrante simboliza o tamanho da conquista. Entre lágrimas, a coordenadora do departamento feminino e ex-atleta do clube Renata Armiliato e o técnico Luciano Brandalise deviam certamente lembrar de cada passo dado até ali.
Durante três anos, a parceria só fez a equipe crescer. Foram dois títulos do Interior no Gauchão e uma ascensão meteórica no cenário nacional, da terceira para a primeira divisão. É claro que os demais integrantes da comissão técnica e os representantes da direção alviverde foram peças importantes no processo, na estruturação do time. Mas, ali, na linha de frente, Renata e Luciano foram incansáveis na construção daquilo que parecia impossível.
Na primeira temporada de retomada do futebol feminino do Ju os resultados não vieram da forma como se imaginava. Em 2022, a partir da chegada de Brandalise, o cenário mudou. E a equipe passou a ter uma identidade. Organização em campo, confiança e muito trabalho de evolução.
Com os resultados, cresceu a credibilidade e a capacidade de buscar novas gurias para fazer o time ser mais forte. Depois do primeiro acesso, na temporada passada, a leitura pode ser de apenas buscar a sequência no Brasileiro A-2. Só que o Juventude de Renata e Luciano fez, outra vez, muito com menos recursos do que os rivais. Quem chegou, agregou. E as principais atletas da temporada anterior permaneceram.
Nesse combo, o time só se fortaleceu e o treinador soube conduzir o grupo a uma campanha invicta em casa e praticando um futebol extremamente competitivo.
O final da história não foi uma surpresa, mas a coroação do trabalho bem feito. O Juventude da A-2 competiu, superou as adversidades que apareceram durante a temporada e mostrou o quanto ainda pode crescer.