Desentrosado e por vezes desorganizado, o Juventude teve mais uma atuação abaixo do esperado diante do Novorizontino. E liga um sinal de alerta para a sequência da competição. Mesmo que a Série B ainda esteja no início, é importante que o time consiga reagir logo, até mesmo para não aumentar a pressão sobre si.
Neste sábado, a proposta ofensiva do técnico Pintado não surtiu efeito, especialmente pelo distanciamento entre as linhas. Com muita ligação direta e poucas jogadas passando pelos pés de Mandaca e Nenê, o Ju não conseguia criar. O camisa 77, aliás, atuou por mais de 70 minutos e dos seus pés saíram os melhores passes na transição da defesa para o ataque.
O Novorizontino, mesmo com muitas limitações, foi mais organizado e explorou outra deficiência clara da equipe alviverde, a bola aérea. Foi assim que chegou ao gol do jogo e criou outras tantas oportunidades. Na segunda etapa, Pintado mudou esquema, com a entrada de um terceiro zagueiro, voltou ao anterior, após a saída de Romércio, mas não conseguiu encontrar uma fórmula para ajustar a equipe. Só no finalzinho colocou a bola no chão, mesmo sem organização.
Apesar de tudo isso, Rodrigo Rodrigues teve as duas melhores chances de gol, mas falhou. De maneira até inexplicável, David da Hora acabou mais uma partida sem ser substituído.
Se ficou algo de bom, foram as estreias de Zé Marcos, após um Gauchão todo de afastamento por lesão, e Robertinho, que trouxe mais intensidade ao lado direito na segunda etapa. Ainda há muito para fazer e Pintado vai ter que encontrar rapidamente as soluções para tornar o Juventude mais competitivo.