
Seja por conta dos desfalques ou pela perda da confiança a partir dos resultados negativos, o Juventude saiu do seu caminho de busca por evolução nas últimas partidas. É evidente que falta qualidade em alguns momentos, mas a queda coletiva fica evidente.
O time não consegue reproduzir mais o que fez nas rodadas iniciais, especialmente no aspecto tático. Por lesões, suspensões ou pelo baixo aproveitamento individual de alguns atletas, o técnico alviverde tem encontrado muitas dificuldades para encaixar uma formação que dê resposta positiva em campo.
A tentativa com três volantes, para compensar a ausência de um meia criativo ou para amenizar o número de gols sofridos, não surtiu efeito. A estratégia, teoricamente, mais cautelosa, não evitou que o time vazasse lá atrás. Na frente, os extremas oscilam demais e deixam clara a necessidade de reforços para o setor. Com isso, Baptista improvisa Paulo Henrique ou Moraes, e já deu chances para quase todos no grupo.
Por fim, testou a formação com dois centroavantes, que até funcionou parcialmente. Porém, fica faltando a velocidade pelos lados. Além disso, é difícil de entender os motivos para que o paraguaio Oscar Ruiz, de início tão promissor, acabe preterido por jogadores como Paulinho Moccelin ou Bruninho.
Agora, com dois jogos fora de casa e novamente com vários desfalques, o Juventude terá como primeira missão se reencontrar. Se na largada o desempenho fazia com que os resultados evitassem maiores críticas, no atual momento a pressão cresce por conta da falta de perspectiva de algo melhor e da ausência de um poder de reação.