A venda de Sorriso era uma situação praticamente inevitável. E não apenas pelo que demonstrou o jogador durante o Brasileirão, mas pela necessidade de o Juventude fazer render um dos seus grandes ativos apresentados na última temporada. Ainda falta a oficialização, mas o negócio está encaminhado.
Talvez, se ficasse por aqui mais um ano, o valor da negociação seria superior, mas é melhor não trabalhar com futurologia. Muitas variáveis estão pelo caminho, como a própria oscilação do atleta ou alguma lesão. Sendo assim, esse é o momento em que Marcos Vinícius está em alta, em evidência. E, por mais que agora esteja na Série A do Brasileirão, o time alviverde ainda não tem o mesmo poder ou tamanho em uma negociação do que os grandes do país.
No Bragantino, clube que tem se destacado por comprar e vender jovens atletas, e tem na parceria com a Red Bull um caminho natural de jogadores para o Exterior, a visibilidade está garantida e o Ju ainda poderá se beneficiar desse negócio no futuro.
Pensando na disputa criada entre os paulistas e o Atlético-MG na contratação, acredito que o Bragantino ainda seja um destino melhor, especialmente pela possibilidade de maior minutagem do atacante nas competições de 2022. Jogando, evoluindo e em uma equipe sem tantos craques renomados, Sorriso tem tudo para crescer ainda mais.
REPOSIÇÃO
No mundo ideal, e pensando que o Juventude sempre teve na sua base uma importante fonte de talentos, a reposição para Sorriso poderia estar no próprio Alfredo Jaconi. Mas não é o caso. Na Copa São Paulo, onde a equipe alviverde acabou eliminada na primeira fase, um dos pontos que mais chamou a atenção foi a falta de opções ofensivas para o técnico Lucas Zanella.
Sendo assim, o Ju terá de buscar essa nova peça no mercado. E, claro, ir ao encontro de alternativas para que a sua base possa, num futuro próximo, oferecer mais opções ao grupo profissional quando isso for necessário.