O time do Juventude se caracteriza muito mais pela força do conjunto do que pelas individualidades. É claro que alguns jogadores podem, e devem, aparecer mais, assumir o protagonismo em momentos específicos, mas o elenco alviverde foi montado sem um jogador acima da média.
Mesmo assim, ficou claro no jogo diante do Ceará como algumas peças podem fazer falta. Elton estava consolidado como o camisa 5, Vitor Mendes vinha num crescimento absurdo na zaga. A confiança dos dois favoreceu o crescimento de todo sistema defensivo. Porém, não dá para dizer que esteve ali a principal carência do Ju no Estádio Castelão.
Faltou armação. Faltou o camisa 10. E aí é que entra Wescley. Desfalque por pertencer ao Ceará, o jogador muitas vezes não aparece como “o cara do time”, mas tem papel fundamental na engrenagem montada por Marquinhos Santos. É a peça do equilíbrio técnico, da jogada diferente, do passe que pode quebrar as linhas de marcação. Wescley fez muita falta no Ceará e será um grande reforço para o duelo de amanhã.
Sem ele, e com Wagner ainda sem o ritmo ideal por conta do longo período de ausência, a expectativa recaia em Chico, que outra vez não conseguiu ter boa atuação.
É um ponto de atenção para a sequência do Brasileiro. Talvez Marquinhos Santos deva investir em Bruninho ou o clube pensar em alternativas caso o seu camisa 10 não possa atuar ou até mesmo para servir como opção para dividir esse papel na transição do meio para o ataque.