Além da neblina, frequente neste período do ano, os passageiros do Aeroporto Regional Hugo Cantergiani estão enfrentando outros problemas: a falta de voos e o valor das passagens nas alturas. Com o fechamento Salgado Filho, em Porto Alegre, os voos estão lotados em Caxias e/ou com tarifas altíssimas.
Para as duas próximas semanas, por exemplo, há poucos voos ainda com assentos disponíveis. O preço médio de ida e volta é de R$ 5,5 mil. Em julho, há mais opções, mas os valores continuam altos. A coluna fez pesquisa em sites de busca e encontrou bilhetes entre R$ 1.960 e R$ 5.530.
No final de agosto, os mesmos sites mostram tarifas menores, na casa dos R$ 560. Mas em setembro os preços voltam a subir, passando dos R$ 1.100.
A base área de Canoas, que recebe emergencialmente voos comerciais, tem sido alternativa, mas também não consegue suprir a demanda deixada pelo aeroporto de Porto Alegre, e tem passagens com valores elevados. A opção mais em conta tem sido Florianópolis, mas, há o deslocamento até a capital catarinense, que também gera custos — sem falar no cansaço do viajante.
Atualmente, há 113 voos semanais com destino ao Rio Grande do Sul, menos do que Porto Alegre tinha por dia. Destes, 39 são de Caxias.
A colunista já disse e repete: não é possível depender de apenas um aeroporto do porte do Salgado Filho. Que o episódio de maio sirva de lição.