Francisco dos Santos Bortolossi, o Fran, filho de Renato Bortolossi e Eniria Jussara dos Santos Bortolossi, é DJ e produtor musical que revela uma sintonia fina com o meio artístico desde a infância. Integrante do elenco de profissionais da Alliance, ele também comanda a Otherwise, uma gravadora, em parceria com o DJ belga Olivier Gregoire.
O namorado de Rafaela Stratz Bampi também é o idealizador da Colours, que há 13 anos reúne o fã clube de música eletrônica, e já organiza para o dia 25 deste mês, às 23h, no Jockey Clube, a Warung Tour 2022, com line-up que integra estilos musicais eletrônicos pelos DJs Boghosian, Sarah Chilanti, Traffic Jam, Classmatic, o espanhol Cuartero, além de Fran. Conheça mais deste sagitariano que tem a liberdade como premissa de vida!
O que te faz resgatar a infância?
Estar com minha família e entre amigos próximos. Isso me faz feliz! Tento reservar dias da semana para eles. Confesso que ultimamente tem sido complicado pela alta demanda no trabalho para cumprir a agenda e estar presente em festas e eventos por toda América Latina. Mas em breve já coloco toda essa questão da vida pessoal em dia.
Com que mensagem encara o mundo?
Com bastante coragem. Gosto bastante da seguinte frase do filósofo grego Aristóteles: A virtude está no meio.
Gostaria de ter sabido antes… não ter medo de assumir responsabilidades e fazer o que acredito.
Com que mensagem encara o mundo?
Com bastante coragem. Gosto bastante da seguinte frase do filósofo grego Aristóteles: A virtude está no meio.
Qual a passagem mais importante da sua biografia e que título teria se fosse uma obra?
A primeira tour que fui contratado para tocar como DJ na Europa. O título ideal seria: Watch me if you can (Assista-me se for capaz, na tradução livre).
Como conheceu o universo da música eletrônica?
Ingressei de fato quando fui fazer um intercâmbio em Toronto, no Canadá. Desde criança percebi uma proximidade com a música e me considero afinado às artes.
Qual grande experiência a vida de DJ já te proporcionou?
Conhecer muitos lugares, praticamente todo o Brasil, Argentina e Uruguai. Já tive o privilégio de tocar em mais de 15 países ao longo da carreira.
Quais gêneros musicais têm explorado para sua playlist pessoal?
Escuto bastante hip hop, R&B e música brasileira. Rock também. Isso é claro, tirando a quantidade de música eletrônica que ouço semanalmente.
Teve algum set inesquecível que já tenha assistido?
Tive alguns, na verdade. Kerri Chandler, no Sonar, em Barcelona. Ricardo Villalobos e Raresh, no Crobar, em Buenos Aires. Soul Clap e Wolf & Lamb, no Warung. Joris Voorn e Dubfire, na Colours, aqui em Caxias do Sul.
Como produtor e DJ de festas eletrônicas, como enxerga a cena na Serra gaúcha? Tem planos de explorar mais ainda a região?
Tenho enorme gratidão pela Serra e pelo público. Com certeza grande parte do meu sucesso nessa caminhada da música eletrônica é devido ao apoio de muitas pessoas daqui. Vejo com ótimos olhos. Acho que devagar estamos conseguindo transformar a música eletrônica como algo cultural e que faz parte do nosso meio social.
Observando o público frequentador da Colours, acredita que a festa atinge todas as gerações dos millennials à Z?
Sim, temos um público frequentador que varia dos 18 aos 50 anos. Isso é motivo de orgulho para a gente, proporcionamos um ambiente para várias pessoas de diferentes backgrounds interagirem com segurança, boa estrutura, e é claro boa música.
Como foi o início da Colours e a satisfação em completar 13 anos de movimento clubber?
O início foi complicado, como para qualquer negócio. Porém, hoje, com o prestígio que temos em âmbito nacional, e uma equipe extremamente qualificada, olhamos para trás e vemos que todo o esforço valeu a pena. Estamos orgulhosos da história que criamos e das páginas que escrevemos para a música eletrônica do sul do país.
Quem são suas referências na área?
Como DJs: Four Tet, Kerri Chandler, Ricardo Villalobos, Richie Hawtin, Hernan Catttaneo. Como promotores e donos de clube, toda a turma do Warung Beach Club, onde tenho a honra de ser DJ residente.
Quais têm sido os grandes desafios?
Com certeza foi atravessar uma pandemia que impossibilitou trabalhar e me aglomerar com amigos. Um dos períodos mais difíceis ao longo dessa caminhada. Porém agora estamos colhendo todo o esforço que foi aguentar essa etapa complicada. Citaria tranquilamente a frase: “Depois de toda tempestade vem a bonança”.