Gilmar Marcílio
“Que ninguém hesite em se dedicar à filosofia enquanto jovem, nem se canse de fazê-lo depois de velho, porque ninguém jamais é demasiado jovem ou demasiado velho para alcançar a saúde do espírito.” Inicio este texto citando Epicuro, em sua Carta a Meneceu. Meu intento é falar sobre a importância de nos prepararmos para a última fase da vida, quando o corpo tantas vezes se fragiliza e é exigida grande fortaleza da alma. Refletindo sobre o assunto, percebo que este projeto deve governar nossos dias desde cedo. Seres propícios à distração, a todo momento somos forçosamente lembrados de quão fugidia é a realidade. Hoje, o fulgor da juventude; amanhã, o tempo do balanço final. Evitemos esperar, pois, do nascimento à morte, temos diante de nós uma pequena eternidade para nos transformarmos em criaturas empenhadas em domesticar nossos impulsos e paixões, princípio norteador na busca da serenidade.
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