Ando inclinado a me afastar, discretamente, dos seres excessivamente críticos - embora eu o seja em alguns momentos. Mas estou fazendo uma saudável revisão a respeito disso. Acho aprazível conversar com quem costumeiramente vê o lado bom, mesmo correndo o risco de parecer alienado. Tomo como exemplo o multitalentoso Nelson Motta. Ele disse: “Meu pai recomendava falar sempre bem de uma pessoa pelas costas. Basta uma palavra de simpatia e ela acabará sabendo. ‘Vai estar com o Gledson? Grande figura.’ Afinal, o que custava um elogio? Sempre há algo a elogiar em alguém. A vaidade é o ponto fraco dos fortes.” Como é simpático agir assim! Mas raramente estamos dispostos a esse generoso acolhimento. Um tanto por preguiça, outro por inveja. Andamos meio ranzinzas, nesta época em que somos escrutinados constantemente, como se vivêssemos expostos numa praça. E não estamos? Enfim...
Elogie
Por que desperdiçar preciosas horas falando mal?
Cansa e o resultado costuma ser o de despertar o interesse alheio
Gilmar Marcílio
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