O governador Eduardo Leite vem a Caxias do Sul nesta quarta-feira. Participa de caminhada em apoio à candidatura de Adiló Didomenico (PSDB) à prefeitura, mas também cumpre atos de governo. Entre eles, com 5 anos de atraso, uma agenda que a coluna sempre cobrou do governador: a visita ao Instituto Estadual de Educação Cristóvão de Mendoza.
A comunidade escolar lutou por recursos, inclusive com ocupação da escola, para obter a reforma geral dos prédios, esperada desde 2012, sendo a desocupação intermediada pelo Ministério Público, em acordo que envolveu o Estado. O processo licitatório foi encaminhado no final do Governo Sartori, a partir de empréstimo de R$ 29 milhões obtido junto ao Bird, o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento, o Banco Mundial.
Ao assumir pela primeira vez, Leite, ainda nos primeiros dias de governo, assinou decretos de contenção de gastos e os recursos não foram destinados à reforma do Cristóvão.
Devia explicações à comunidade escolar
A coluna sempre cobrou que o governador Eduardo Leite devia explicações à comunidade escolar sobre por que as obras atrasaram cinco anos, além da década anterior de espera. Era para a licitação andar em 2019, pois havia recursos do empréstimo do Bird. Com o contingenciamento da verba, a obra só começou em 2024, 5 anos depois. Agora, com as obras finalmente em andamento, começaram em janeiro, Leite vem visitar o Cristóvão. Deve ser informado e lembrado de que foi preciso uma espera de 5 anos a mais por conta de seu ato em 2019, que desprezou o acúmulo de mobilização da comunidade escolar.