O requerimento de uma CPI para os serviços funerários em Caxias do Sul, protocolado nesta terça-feira (24/9), na Câmara, por iniciativa do vereador e candidato a prefeito Maurício Scalco (PL), surge em resposta à remoção ordenada pela Justiça Eleitoral de vídeo de rede social do próprio Scalco, com direito de resposta ao prefeito Adiló Didomenico (PSDB). Que, por sua vez, foi efeito da divulgação por Scalco e pelo deputado Mauricio Marcon (Podemos) da suspensão do edital de licitação do serviço funerário na cidade com enfoque de que a Justiça estava dizendo, com sua decisão pela suspensão, haver “indícios de corrupção e direcionamento de licitação”.
A escalada do acirramento não para de crescer. Um pedido de CPI neste momento, claramente, está contaminado pelo ambiente eleitoral.
As assinaturas dos vereadores Rafael Bueno (PDT) e do candidato a prefeito Felipe Gremelmaier (MDB), ao lado das seis originais, de vereadores de direita, viabilizaram o protocolo da CPI.
Em março passado, outra tentativa de emplacar uma CPI dos serviços funerários não obteve as oito assinaturas necessárias, mas seis, todas de vereadores alinhados à direita e que confirmaram suas assinaturas no pedido protocolado agora: além de Scalco, Adriano Bressan (PP), Gladis Frizzo (PP), Alexandre Bortoluz (PP), Ricardo Zanchin (Novo) e Sandro Fantinel (PL). As novidades, portanto, foram as assinaturas de Bueno e Gremelmaier.
– Assinei em nome da transparência à população – disse Felipe, lembrando os “últimos fatos” sobre o tema.
O argumento é o mesmo de Bueno:
– Eu assinei. É transparência.
Prefeitura lamenta e vê "palanque eleitoral"
As assinaturas dos vereadores Rafael Bueno (PDT) e do candidato a prefeito Felipe Gremelmaier (MDB), ao lado das seis originais, de vereadores de direita, viabilizaram o protocolo da CPI.
– Assinei em nome da transparência à população – disse Felipe, lembrando os “últimos fatos” sobre o tema.
O argumento é o mesmo de Bueno:
– Eu assinei. É transparência.
Em nota, a prefeitura diz que “o ato do Legislativo é legítimo, mas que a CPI deve confirmar que não há ilegalidade no edital sobre contratação de novas empresas”.
“O processo, conduzido por servidores, entidades de classe com consulta à comunidade, foi encaminhado por esta administração depois de anos sem que alguém tivesse coragem de fazer. O município lamenta que importante assunto tenha se tornado palanque eleitoral”, diz o texto. Lembra que alterações no certame “podem ser requeridas por qualquer cidadão e/ou empresas interessadas. Isso não ocorreu até a presente data”.