Uma CPI é instrumento importante para iluminar assuntos que precisam de transparência. Deve ser guardada para momentos especiais. A saúde é área complexa, sensível e apresenta problemas em Caxias. Quinze vereadores assinaram o pedido da CPI da Saúde. O requerimento não cita fato determinante mas justifica a criação para "investigar saúde pública e gestão das UPAs da cidade". O olhar preferencial se dará sobre a gestão das UPAs, em especial a Central, e as obras de ampliação do Hospital Geral.
Tentação eleitoral
Uma CPI pode iluminar, mas sempre é temerária. Em geral, não resiste à tentação de promover o desgaste do governo, ainda mais na antessala do ano eleitoral de 2024. O que não contribui para solucionar os problemas que quer atacar. Há dificuldades de gestão na saúde pública e a população não é bem atendida nas UPAs, por certo. São fatos. Porém, a Secretaria da Saúde é uma das mais transparentes e, se a intenção é atacar os problemas, há outras formas, com menos conflitos. Acirrá-los é tudo o que a cidade não precisa.
PTB embarca na CPI
Chama atenção a amplitude das assinaturas para a CPI. São 15 vereadores, reunindo adversários ferrenhos como PT e Novo, além do PL de Sandro Fantinel. O PTB governista embarcar na CPI não deixa de ser uma surpresa. Ficaram de fora PSDB, partido do prefeito Adiló, PSB, que embarcou no governo, mais Renato Oliveira (PCdoB) e o líder do governo, Lucas Diel (PDT). O recém empossado vereador Alberto Meneguzzi (PSB) disse que só não assinou, com a licença do partido, porque não houve tempo: o requerimento já havia sido protocolado.