O vereador Rafael Bueno (PDT) anunciou que irá coletar assinaturas nesta semana para instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde. Bueno propôs a investigação durante sessão ordinária da Câmara de Caxias do Sl na manhã de quinta-feira (25/5), após ler no plenário matéria de GZH sobre a dança dos números na quantidade de leitos novos na ampliação do Hospital Geral. Dos 118 anunciados, leitos novos serão 83.
O pedetista foi presidente da Comissão de Saúde e Meio Ambiente no Legislativo durante três anos e argumentou que a saúde é um "problema crônico da nossa cidade, mas que se agravou".
– Não apenas para tratarmos da questão das obras do Hospital Geral, mas também tem a questão do financiamento do hospital, se será federal ou estadual, tem a situação da distribuição do teto MAC (recursos para média e alta complexidade), a administração do InSaúde (empresa terceirizada que faz a gestão da UPA Central), as listas de espera para consultas, exames e cirurgias. O que está faltando na nossa saúde é a verdade, e a verdade irá prevalecer com lupa – justificou Bueno.
De acordo com a Lei Orgânica do Município (LOM), para ser instaurada, a CPI precisa ter a assinatura de um terço dos parlamentares, ou seja, de oito vereadores. Bueno sugeriu aos colegas:
– Aproveitem o feriado, pensem bem nas pessoas que estão precisando de atendimento na saúde. Pensem bem, colegas vereadores, no momento que passarei pedindo a assinatura de vocês.
Apesar do número relativamente baixo de oito assinaturas, não será simples obtê-las. É uma jogada de risco proposta por Rafael. O momento, a partir de agora, se torna explosivo para uma CPI, diante da proximidade do ano eleitoral, que inevitavelmente contaminará o debate e a investigação. O prazo da CPI não poderá ser pequeno, diante de tema tão delicado e amplo, podendo haver a tentação da prorrogação, e tudo isso só fará aproximar o ano eleitoral. Há candidatos na Câmara, com interesse eleitoral implícito. A considerar também que a base do governo é bem larga. O vereador Lucas Caregnato (PT), que manifestou-se logo após Bueno na sessão, deu uma pista.
– Certamente teremos muita responsabilidade, vereador Rafael, nas proposições que tratem sobre a saúde ou no sentido de avaliar possíveis atos ilegais.