A propósito de reformas em escolas estaduais, em especial as emergenciais, como são os casos da reconstrução do muro do Colégio Imigrante, da recuperação do telhado na Alexandre Zattera e da reforma geral do Cristóvão de Mendoza, o pré-candidato ao governo do Estado Eduardo Leite (PSDB), a partir da experiência como ex-governador, reconhece uma "dificuldade de resposta de execução pelo Estado" por conta da “atrofia da máquina pública”.
– Está claro a estratégia do ponto de vista estrutural que a gente possa ter uma capacidade de execução, de elaboração de projetos e de agilidade em licitações e contratos para fazer uma forte recuperação de nossa rede de ensino – disse.
Leite lembrou da alternativa do programa de autonomia financeira, recursos regularmente repassados às escolas para enfrentar problemas estruturais básicos, que teve um aporte extra de R$ 250 milhões na virada do ano. Esse volume para as escolas, porém, não faz frente a reformas mais vultosas. Acrescentem-se os embaraços das licitações em tempos de escalada dos preços, sem empresas interessadas ou que desistem no meio do caminho, e a "atrofia da máquina pública" fica ainda mais evidente.
O caso mais recente, na Escola Santa Catarina, é outro exemplo gritante: não pode o furto de dois metros de cabos subterrâneos exigir aulas remotas até que a energia seja restabelecida, em um prazo de 40 dias. Não pode ser assim.
O reconhecimento de Leite evidencia que não há resposta imediata da máquina pública para a exigência de reformas necessárias e urgentes na estrutura física de escolas estaduais. Um desafio aos candidatos.