A propósito de medidas preventivas para frear o contágio da covid-19, a Fiergs, a Federação das Indústrias do RS, emitiu boletim ontem em que informa no título, de forma mais objetiva impossível: “Onda de covid de janeiro derrubou produção no RS”. Não precisa nem desenhar. São os efeitos da variante Ômicron, que persistem elevados. Se não sob forma de mortes e internações, sob forma de atestados médicos e necessidade de isolamento, que interrompem ou atrapalham os sistemas produtivos das indústrias.
São os efeitos econômicos do contágio, que é favorecido quando se descuidam das medidas preventivas básicas ou quando se favorecem aglomerações. É a consequência óbvia, que se tenta argumentar quando se pede cautela.
A pesquisa Sondagem Industrial, divulgada ontem pela Fiergs, revela:
* O índice de produção atingiu 44,9 pontos, o pior resultado do mês dos últimos quatro anos, 3,4 pontos abaixo da média histórica para o primeiro período do ano.
* A indústria gaúcha utilizou 70% da sua capacidade instalada em janeiro, estável em relação a dezembro e 2 pontos percentuais acima da média do mês.
* Mas os empresários gaúchos consideraram a utilização para o mês abaixo do normal: o índice de UCI (utilização da capacidade instalada) em relação ao nível usual atingiu 45,8 pontos, o menor valor desde julho 2020.
* Os estoques de produtos finais recuaram na virada do ano. O índice de evolução foi de 48,8 pontos (abaixo de 50) em janeiro, repercutindo a queda da produção.