O vereador Mauricio Marcon (sem partido) deve anunciar nesta quinta-feira (19) que não vai recorrer da decisão do Novo pela sua expulsão. Com isso, ele deixa o partido. Prossegue, entretanto, ocupando cadeira no Legislativo, uma vez que a vaga só voltaria à legenda caso a saída partisse de Marcon.
O parlamentar deve agora, obrigatoriamente, procurar um novo partido. À coluna, disse não saber ainda qual seu futuro.
– Recebi convite de quase todos os partidos que não são de esquerda. Mas não vou decidir agora. Deve demorar meses – estima.
A opção por não recorrer da decisão de expulsão, ressalta, foi em razão da situação gerada pela organização partidária.
– O diretório estadual quis minha expulsão, o cara que me expulsou é ex-sócio do Amoêdo. É uma situação até constrangedora para o partido ter esse tipo de conflito de interesse. Entendi que não fazia sentido nenhum pedir a revisão – explica.
Segundo ele, a decisão deve ser tomada em conjunto com outros dissidentes do Novo.
A expulsão decorreu de um processo disciplinar aberto pelo diretório estadual, depois de o vereador ter criticado o processo seletivo para escolha do candidato que vai representar a legenda nas eleições presidenciais em 2022.
Caminho livre para eleições
Com a saída do partido Marcon estaria apto para concorrer na eleição do próximo ano. Até então, havia impeditivo estatutário do Novo, que proíbe mandatários a concorrer em outras eleições com cargos eletivos em exercício. Questionado se pretende disputar as eleições do ano que vem, Marcon disse que não tem decisão formada. Entretanto, questionado se num cenário hipotético concorreria à Assembleia ou para a Câmara, revelou que teria preferência na disputa para deputado federal.