A mobilização regional para debater as concessões de rodovias segue nesta quinta-feira na Serra. São dois encontros, ambos em Farroupilha, um deles uma audiência pública presencial, em que está anunciada a participação, mais uma vez, do secretário de Parcerias do Estado, Leonardo Busatto.
No primeiro deles, às 15h30min, na Câmara Municipal, um encontro suprapartidário de vereadores da região vai debater medidas para amenizar os impactos dos pedágios na Serra Gaúcha. A reunião surge no âmbito da organização de uma frente regional parlamentar para acompanhar o assunto, articulada pelos vereadores Juliano Baumgarten (PSB) e Gilberto do Amarante (PDT), ambos de Farroupilha, e Denise Pessôa (PT), de Caxias, entre outros. Na sexta-feira passada, já foi realizado um primeiro encontro em Bento Gonçalves.
Mais tarde, às 19h, realiza-se nova audiência pública sobre os pedágios. O encontro será presencial, no salão comunitário da Igreja São Vicente, no bairro Nova Vicenza, e é organizado pelo Movimento Regional Sobre os Pedágios, composto por um grupo de instituições e lideranças regionais mobilizado para ampliar o debate sobre o assunto.
Estão sendo convidados, entre outros, o Corede-Serra a CICS Serra (Associação das Entidades Representativas da Classe Empresarial da Serra Gaúcha), Amesne (Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste), deputados estaduais da região e a frente parlamentar regional – a mesma que se reunirá horas antes, à tarde.
Consenso e mobilização regional
A nova audiência pública foi solicitada ao governo do Estado pela deputada Fran Somensi (Republicanos).
– Há muitos pontos de convergência entre os representantes da Serra, como a retirada da outorga (valor que a concessionária pagará ao governo do Estado pela concessão e é um critério decisório da licitação, em caso de empate no valor proposto para a tarifa) e flexibilização do limite de desconto (sobre a tarifa de referência, estipulado pelo governo do Estado em 25%). Esses pontos de consenso devem mobilizar a região para defender de forma unificada essas mudanças. Que seja um movimento regional e apartidário – defende a deputada Fran.
A preocupação do governo com as duas medidas, a cobrança do valor de outorga e o limite para o desconto, é garantir o que o governo chama de "robustez das empresas interessadas", obtendo assim uma garantia adicional e factível do cumprimento dos investimentos previstos em contrato.