O jornalista Ciro Fabres colabora com a colunista Rosilene Pozza, titular deste espaço
O grande pecado do ano legislativo na Câmara de Vereadores de Caxias foi a não votação do projeto antinepotismo, e isso que era autoria coletiva de 22 vereadores, protocolado em fevereiro, no início do ano. O projeto, originalmente, era da bancada do PSB. O projeto tem imensa utilidade para moralizar a administração pública, evitando nomeações de parentes, inclusive nomeação cruzada, que, não raro, é um festival. O projeto surgiu em decorrência de nomeações durante o governo de Daniel Guerra, entre elas a mais rumorosa, do irmão do ex-prefeito, Chico Guerra, como chefe de gabinete.
Pois mesmo assim, sendo, em tese, do interesse de todos que o subscreveram, o projeto não avançou e trancou na Comissão de Constituição, Justiça e Legislação da Casa. Como não foi votado este ano, precisará ser protocolado novamente.
Espera-se que, na administração que vai começar na próxima sexta-feira, não se sinta a falta deste mecanismo preventivo e moralizante que é um projeto antinepotismo. Até porque a crítica sobre o governo anterior, que tinha alguns casos de nepotismo direto e nepotismo cruzado, sempre foi ferrenha.
Quem criticou não fará, é o que se espera. Mas ficou a porta aberta, que poderia ter sido fechada, porém não foi.