A combinação das mortes de nove adolescentes e jovens pobres pisoteados no pancadão de Paraisópolis com os ataques de racismo e preconceito de que foi alvo a atriz Cacau Protásio em um quartel dos bombeiros no Rio de Janeiro reaviva fortemente a descrença em nossas possibilidades. Que tempos! Temos algum futuro? Nosso presente não para em pé. As relações que compõem nosso tempo, ou boa parte delas, são grosseiras, inviáveis, desrespeitosas. É isso o que somos? É esse o nosso retrato? São dias em que as perspectivas humanitárias ficam perdidas, dispersas, sem força e organização, e o que desponta como efeito resultante e demolidor é a imbecilidade e a incapacidade de considerar o outro, em especial alguns outros, como ser humano que é. E é isso o que todos somos: seres humanos, pessoas, gente.
Opinião
Ciro Fabres: Paraisópolis e os ataques a Cacau Protásio
Que tempos! Temos algum futuro? Nosso presente não para em pé.
Ciro Fabres
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