Após ser acusada de falta de diálogo pelo prefeito Adiló Didomenico, que se queixou que a empresa não teria dado retorno às solicitações para implantação de semáforos na entrada de Forqueta, a Concessionária da Serra Gaúcha (CSG) negou que tenha responsabilidade pelo fato. O diretor-presidente da empresa, Ricardo Peres, disse que a demora é culpa do Estado.
Em conversa com a coluna, ele informou que a demanda da prefeitura de Caxias foi encaminhada à Secretaria Estadual de Logística e Transportes (Selt) e à Secretaria de Parcerias e Concessões (Separ) há alguns meses, pois, apesar da responsabilidade operacional pela rodovia ser da empresa, é necessária a autorização dos órgãos concedentes para algumas modificações. E, segundo ele, os órgãos do Estado não autorizaram a execução do projeto na rodovia. Peres, inclusive, disse que a empresa era favorável à instalação dos semáforos.
— A gente passou à Selt e à Separ e foi negado, o que não nos permitiu dar a autorização para a prefeitura instalar os semáforos. A prefeitura fez o estudo e a gente foi anuente, pois do nosso lado temos como adequado colocar a sinaleira. Só que a gente mandou esse material para o poder concedente e houve a negativa. Então, não é a concessionária que não está dando a resposta — afirmou o presidente.
Peres ressalta que a documentação com a negativa dos órgãos estaduais já foi enviada à prefeitura. Em relação ao ato do Executivo, que nesta quarta-feira (31) iniciou por conta própria a instalação da estrutura para semáforos na RS-122, ele afirma que isso não pode ser feito sem permissão, e se for levado adiante, será feita feita uma notificação ao poder concedente.
Apesar da divergência sobre o andamento dado à questão, ele reconhece que há um problema no acesso a Forqueta, e como alternativa informa que a CSG trabalha com alternativas de curto e longo prazo. Inicialmente, já nos próximos dias, vão ser feitas duas intervenções: vai ser aumentado o refúgio para os veículos que ficam aguardando para cruzar a RS-122, e também será reaberta a rótula nas proximidades do posto da Polícia Rodoviária Estadual (PRE), fechada há alguns meses. Ele reconhece que são obras provisórias, mas que podem ajudar a diminuir o fluxo neste momento:
— Vai ser como era antes. Não era uma situação ideal, mas é a alternativa para tentar desafogar um pouco.
Em um prazo mais longo, a CSG está propondo antecipar uma obra mais ampla prevista para o local. Segundo Peres, no processo de concessão está prevista a instalação, em cerca de quatro anos, de uma rótula alongada naquele ponto. A ideia é fazer este trabalho antes, dando uma solução mais definitiva para o problema de acesso. O projeto deve ser acelerado assim que houver autorização do Estado.