Aconteceu no fim de semana em Caxias do Sul. Após a realização de um evento na Rua Plácido de Castro no domingo (31), alguém esqueceu de desfazer o bloqueio de algumas ruas de acesso a aquele ponto. O resultado é que, na segunda-feira (1º) de manhã, com a retomada no movimento, vias importantes do bairro Exposição estavam fechadas sem absolutamente nenhum motivo, causando transtorno e irritação.
A Plácido recebeu no domingo a Rua do Lazer, quando a via é fechada para que a população possa a utilizar como espaço de passeio e brincadeiras. Uma louvável iniciativa que, porém, virou dor de cabeça. Por exemplo, quem precisava passar pelo cruzamento da Santos Dumont com a Vereador Mário Pezzi para ir até o Senai Nilo Peçanha ou ao Colégio Emílio Meyer, simplesmente encontrou a via bloqueada na manhã seguinte.
As reclamações foram imediatas, e aí a prefeitura se deu conta de que alguém havia falhado em fazer algo bem básico, que era retirar as fitas e cavaletes que impediam a passagem. Via assessoria de imprensa, a Secretaria Municipal de Trânsito, Transportes e Mobilidade (SMTTM) informou que estava averiguando o motivo de o desbloqueio não ter sido feito. Além disso, afirmou que buscava informações junto ao fiscal de trânsito responsável pela coordenação dos trabalhos na referida data, e caso fique comprovada falha administrativa, o servidor será repreendido.
Poderia ser “apenas” um terrível equívoco, desfeito rapidamente assim que foi percebido, mas é bom lembrar que algo semelhante aconteceu há cerca de um mês, na Sinimbu, uma via ainda mais central, quando também se esqueceu de desfazer um bloqueio após ensaio do desfile da Festa da Uva. Além da reincidência, o fato é que é esse tipo de situação é inadmissível, e as possibilidades de explicação para ela são risíveis.
A primeira hipótese é de pura e simples desorganização, já que se pode cogitar que a ação foi pensada de forma incompleta, com o começo e o meio, mas sem o fim. Não tem cabimento imaginar que por falta de efetivo ou de planejamento, algo tão básico, como a retirada dos cavaletes, não tenha sido feito.
A outra hipótese é pensar que algum servidor, por incapacidade ou desleixo, tenha deixado de cumprir sua tarefa. E ainda com o agravante de que não era nenhuma ação complexa, que inclusive poderia ter contado com o apoio de algum outro órgão municipal. Mesmo sem o recolhimento completo, não seria absurdo pensar que alguém poderia ter tido o bom senso de empurrar os cavaletes para o lado, certo? Pelo visto, não.
Ou seja: de graça, sem motivo nenhum, e não pela primeira vez, um péssimo exemplo de falta de atenção e desleixo com o dia a dia da cidade, além de um desgaste desnecessário. Lamentável.