Iniciou nesta quinta-feira (9), o terceiro e último dia do julgamento dos réus acusados de assassinar o cacique Mig, 57 anos, em março de 2017, em Ronda Alta, no norte do Estado. O júri é realizado no fórum de Passo Fundo e presidido pela juíza Priscilla Pinto de Azevedo.
Os trabalhos começaram por volta das 7h com os debates entre Ministério Público Federal e as defesas. A etapa seguinte é a votação dos quesitos pelos jurados. A sentença deve sair no fim do dia.
Ao longo de toda a quarta-feira (8), foram ouvidos os depoimentos dos cinco réus. As defesas sustentam que eles são inocentes.
Izaías Tomaz, 50, apontado pelo MPF como mandante do crime; Moacir Tomaz, 62, e Rogério Nascimento, 39, acusados de serem os atiradores; e Lauri Gutteres de Carvalho, 53, e Daniel de Oliveira, 40, apontados como informantes, respondem por homicídio qualificado mediante recompensa e emboscada.
O cacique Antônio José Mig Claudino foi morto a tiros em um bar no dia 20 de março de 2017, na Terra Indígena de Serrinha, em Ronda Alta. O crime seria motivado por vingança e questão financeira.
De acordo com a acusação do MPF, Izaías promovia invasões para "forçar" a demarcação de terras reivindicadas. A vítima teria sido testemunha contra ele em outro processo e, após a condenação, Izaias teria jurado o cacique Mig de morte.