Natural de Ijuí, no noroeste do Estado, o urologista Artur Paludo foi o único brasileiro a participar do WRSE NextGen 2024, um dos maiores eventos mundiais da medicina robótica, realizado em 25 e 26 de abril. O encontro sediado na Bélgica é promovido pela Associação Europeia de Urologia e reúne os cirurgiões destaque desta geração para fazer cirurgias ao vivo com o intuito de disseminar o conhecimento dos especialistas na área.
Além do gaúcho, profissionais médicos de outras partes do mundo realizaram nove cirurgias no evento. Seis deles eram da Bélgica, três da Polônia, um da China e outro dos Estados Unidos. Durante a participação, Paludo realizou uma nefrectomia parcial robótica, ou seja, a procedimento de retirada de um tumor nos rins com a preservação do restante do órgão, com auxílio de robôs.
A atividade aconteceu no Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, onde ele é membro do corpo clínico e co-coordenador do curso de capacitação e em Cirurgia Robótica.
— Antigamente a cirurgia tinha corte e tirava todo o rim do paciente. Com a robótica, temos uma visão aumentada mais de 10 vezes, dando movimentos muito mais precisos, tornando ela minimamente invasiva ao paciente. Fora que sangraria mais e demoraria mais tempo — relatou.
A paciente foi uma gaúcha de 59 anos que recebeu o diagnóstico de tumor renal após exame de imagem. O procedimento durou cerca de 1h30min e a mulher teve alta hospitalar em menos de 24 horas.
Cada vez mais comum na área médica, a cirurgia robótica é a forma mais segura dentro do sistema privado de saúde de tirar todo o tumor do órgão, explica Paludo. Dessa forma, há menos danos e riscos de que os pacientes precisem ficar por longos períodos em recuperação hospitalar.
— Ela é o que há de melhor hoje e oferecemos no Estado desde 2013. Mesmo rotineira, me senti lisonjeado e honrado com o convite (para o evento). Nenhum outro médico do Brasil fez cirurgia ao vivo no evento, eu era o único — resume.