A Secretaria Estadual de Saúde confirmou o primeiro caso de dengue do ano em Passo Fundo. Segundo relatório atualizado na manhã desta sexta-feira (19) trata-se de um caso autóctone, o que significa que a transmissão da doença aconteceu dentro do município. A paciente é uma mulher, com idade entre 40 e 49 anos.
Além deste, há outros 26 casos em investigação no município e seis pessoas internadas em tratamento da dengue, sendo cinco em leitos clínicos e um em Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
O último Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa), publicado na quarta-feira (17), aponta que três a cada 100 casas de Passo Fundo têm a presença do mosquito Aedes Aegypti, o vetor da dengue. Os maiores criadouros estão nos bairros São Cristóvão (21,49%), Petrópolis (17,11%), Boqueirão (15,33%) e Centro (6,58%).
A incidência nessa época do ano preocupa o Núcleo de Vigilância Ambiental, que alerta para os cuidados nas residências:
— Tivemos vários meses com chuva atípica, o que acarreta acúmulo de água nos jardins e nos acende um alerta. É preciso que a população preste atenção às vasilhas e utensílios e pensem alternativas para as plantas sobreviverem sem os criados dos mosquitos — disse a secretária de saúde, Cristine Pilati.
Ações de cuidado
Em 2023, Passo Fundo ficou entre as nove cidades gaúchas com maior número de casos confirmados, encerrando o ano com 873 contaminados e três óbitos. Frente ao grande número, a Vigilância reforçou o total de agentes de endemia para visitar e avaliar as residências, passando de 30 para 52 funcionários.
O morador que for identificado com um possível foco de dengue em sua casa, seja em pneus, vasos ou piscinas com água parada, recebe um prazo para se adequar. Caso não cumpra a determinação, receberá uma notificação, e pode ser autuado com multa que varia de R$ 300 a R$ 3 mil, dependendo da gravidade.