O primeiro Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) de 2024, realizado pelo Núcleo de Vigilância Ambiental entre 8 e 12 de janeiro, alerta para os bairros com mais focos do mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue e febre chikungunya, em Passo Fundo.
Segundo o relatório, disponibilizado para GZH nesta quarta-feira (17), o bairro com o maior número de focos é o São Cristóvão. Pelo menos 21,49%, ou 49, dos criadouros do inseto estão naquela região da cidade. Em seguida vem os bairros Petrópolis (17,11%), Boqueirão (15,33%) e Centro (6,58%). Veja os bairros mais afetados:
As regiões de São Cristóvão, Petrópolis e Boqueirão, que estão entre as maiores da cidade, já tinham o maior número de focos no último relatório LIRAa, de outubro. A diferença é que, desde então, o volume de criadouros do mosquito dobrou. No começo de 2024, três em cada 100 residências têm a presença de Aedes aegypti na cidade. Em outubro, era 1,5 a cada 100.
Segundo Ivânia Silvestrin, chefe do Núcleo de Vigilância Ambiental em Passo Fundo, o índice de três para 100 surpreende para a época.
— Precisamos mais uma vez da conscientização da população para remover a água parada das residências. E a tendência de agora até final de junho é de aumento desse número — pontua.
A Vigilância Ambiental reforçou o número de agentes de endemia: passou de 30 para 52 funcionários. Os agentes visitam residências em todos os bairros para avaliar se os moradores seguem os protocolos de prevenção contra o mosquito.
Quem tiver possível foco de dengue em casa, como em pneus, vasos ou piscinas com água parada, recebe um prazo para se adequar. Caso não cumpra a determinação, é notificado e pode ser autuado com multa que varia de R$ 300 a R$ 3 mil, dependendo da gravidade da situação.