Rodoviários ligados à Coleurb, empresa que opera o transporte coletivo público em Passo Fundo, realizam assembleia extraordinária na manhã desta segunda-feira (5). Os trabalhadores discutem a possibilidade de greve.
O grupo alega que não recebeu o pagamento do dissídio, que deveria ser repassado em março. O Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo de Passo Fundo (Sindiurb) defende reposição salarial de 5,73% (acumulado do último ano) mais 1,79% pendente do ano anterior. A entidade afirma que a Coleurb não apresentou proposta de reajuste.
Em função do ato, as primeiras linhas de ônibus do dia operam com atraso na cidade. A manifestação, em frente à garagem da Coleurb, no bairro Petrópolis, reunia cerca de 150 trabalhadores às 6h. Os primeiros ônibus saíram às 6h20min.
Na sexta-feira (2), lideranças do sindicato se reuniram com representantes da Coleurb. Segundo o presidente do Sindiurb, Luis Fernando Prichua, a empresa alega que espera uma definição a respeito de subsídio para o transporte urbano. Um projeto de lei com esse tema está na Câmara de Vereadores.
— Já sentamos e conversamos com a empresa, mas não tem diálogo. Queremos uma sinalização de que algo será feito. Não é nem aumento, apenas queremos o que é nosso por direito — argumenta o sindicalista.
Os trabalhadores podem votar na assembleia geral extraordinária até as 17h. Caso os rodoviários decidam pela greve, a paralisação deverá ser iniciada após 72h.
No início da manhã, rodoviários ligados a empresa de transporte coletivo Codepas também realizaram uma assembleia extraordinária, na qual discutem a possibilidade de greve da categoria. A decisão deve ser anunciada no fim da tarde, quando encerra o prazo de votação.
Impasse na Câmara
A empresa afirma que fará uma proposta de reajuste salarial assim que houver a definição do valor e dos prazos de recebimento do projeto que prevê o repasse do subsídio. Neste momento, o repasse às empresas de transporte coletivo da cidade segue indefinido, pois o projeto de lei 45 retornou à Câmara de Vereadores para nova apreciação após veto parcial do Poder Executivo.
Coleurb e Sindiurb devem se reunir com o presidente da Câmara, Alberi Grando, nesta segunda-feira (5), para verificar o andamento do processo.
A empresa diz compreender a necessidade de recomposição salarial, mas alega não poder apresentar os termos enquanto o subsídio não for repassado pelo Poder Público.