O Ypiranga encerrou a temporada no sábado (26), quando empatou com o Botafogo-PB e se despediu da Série C. Apesar de ter chegado à semifinal do Campeonato Gaúcho e na terceira fase da Copa do Brasil, o clube não conquistou o principal objetivo do ano: acesso à Série B. O executivo de futebol do Canarinho, Fárnei Coelho analisou quais foram os pontos positivos e negativos de 2023.
O clube erechinense terminou a Série C na 13ª posição, com 22 pontos e, com isso, não avançou aos quadrangulares finais da competições, despedindo-se antecipadamente da temporada 2023.
Apesar de ter chegado à semifinal do Campeonato Gaúcho, caindo nos pênaltis para o Grêmio e avançado até a terceira fase da Copa do Brasil, sendo eliminado para o Botafogo, o Canarinho não conquistou o principal objetivo do ano: o acesso à Série B.
Após a eliminação, a reportagem de GZH conversou com o executivo de futebol do Ypiranga, Fárnei Coelho que analisou quais foram os pontos positivos e negativos desta temporada. Ele ainda citou que o clube chega bem estruturado financeiramente para 2024.
Pontos negativos: reposição de jogadores pós-Gauchão e lesões
Na visão de Fárnei, a reposição para os jogadores que deixaram o clube após o Campeonato Gaúcho não renderam o esperado. Foram três baixas: o lateral-direito Gedeílson, o lateral-esquerdo Patric Calmon e o meia Matheusinho. Ainda, o número expressivo de lesões contribuíram para o baixo desempenho do clube na Série C.
— Eu acho que o primeiro semestre foi muito bom, pois tivemos tempo pra montar, fazer os processos que consideramos ideal e conseguir montar um bom time. Já a reposição no meio do ano, não conseguimos fazer esse processo seletivo de análise e deixamos a desejar — disse Fárnei.
Segundo o executivo, o clube fez as contratações com foco maior nas características dos jogadores, sem analisar direito quem era o profissional. Hoje, interpreta que foi um equívoco.
— Foi aí que erramos bastante. Culminou muito com a nossa desclassificação, pois alguns não renderam aquilo que a gente esperava que rendessem.
Além disso, a eliminação passou muito pela questão das lesões. Foram muitas, "uma atrás da outra", e tiraram alguns dos melhores jogadores de campo. Na lista, ele cita Mossoró, Lucas Lopes, João Pedro, Rubens e ainda Mazola e Gustavo Nogy.
— Isso atrapalhou demais, porque desqualificou o grupo na hora decisiva. Outros clubes, nessa hora, estavam bem e nós, diminuindo — pontuou.
Pontos positivos: admistração e financeiro
Apesar de não ter conquistado o principal objetivo, o Canarinho vem se estruturando fora de campo, fator positivo para Fárnei.
— O Ypiranga vem crescendo administrativamente, em termos de gestão, estrutura e vem conquistando bastante credibilidade também. Fizemos grandes enfrentamentos. Fomos campeões do Interior. Na Copa do Brasil eliminamos o Bragantino. Trabalhamos com alguns jogadores da categoria de base, que é importante. Conseguimos negociar alguns atletas, coisa que não tinha há alguns anos, quando saíam praticamente de graça. Esse ano fizemos R$ 1,7 milhão em negociações e nos deu suporte financeiro, pois terminamos o ano com superávit — comentou.
O executivo ainda antecipou que o Ypiranga estará mais estruturado financeiramente para o próxima edição, além de contar com a permanência de três jogadores no plantel.
— Não antecipamos cotas do ano que vem e estamos financeiramente estabilizados. Ter a vaga da Copa do Brasil para o ano que vem também nos dá um suporte financeiro mais confortável para podermos trabalhar e poder montar o time. Alguns jogadores como Mossoró, João Pedro e Heitor, que são importantes para o clube tem contrato até ano que vem, então acabam sendo questões positivas, pois da mais tranquilidade. Claro, reforço que nosso principal objetivo, o acesso não veio neste ano, mas estamos prontos e estruturamos para isso — finalizou.