O capitão do Atlântico, William Bolt, se manifestou depois que o Tribunal de Justiça Desportiva do Rio Grande do Sul (TJD-RS) puniu e eliminou o clube do Gauchão de Futsal por abandonar a quadra em um caso de injúria racial contra o goleiro João Paulo. A decisão foi tomada em julgamento realizado nesta quinta-feira (5).
Na ocasião, o jogo contra o Guarany foi interrompido na prorrogação, depois que João Paulo, do time de Erechim, relatou ter sido chamado de "macaco" por um torcedor que estava no Ginásio Módulo Esportivo, em Espumoso.
A definição do jogo, por sua vez, aconteceu no tribunal desportivo: o Atlântico foi punido com a perda de três pontos e, consequentemente, a eliminação do Gauchão de Futsal. Ainda, terá que pagar uma multa de R$ 100.
Já o Guarany foi condenado a pagar multa de R$ 10 mil, além de mando de dois jogos com portões fechados. O torcedor que cometeu a injúria racial não poderá frequentar o Ginásio Módulo Esportivo por um período de 720 dias.
Em uma publicação nas redes sociais, o capitão do time de Erechim, William Bolt lamentou a decisão do TJD.
"Atitudes como essa de vocês é que incentivam injúrias raciais, pois nada acontece. Não abandonaremos a nossa causa, que é muito maior que qualquer decisão de vocês", diz um trecho da publicação.
O caso ainda cabe recurso. Tanto Atlântico como o Guarany tem até 72 horas para recorrer.