O time que manda no futsal brasileiro tem nome e endereço conhecidos. O Atlântico, de Erechim, no norte do Rio Grande do Sul, conquistou a Copa do Brasil neste domingo (29) ao vencer com o Fortaleza por 3 a 2 no Centro de Formação Olímpica (CFO), na capital do Ceará. Deivão, Vilela e Suelton marcaram para o Galo diante das 5.871 pessoas que estavam no ginásio.
Foi o segundo título nacional do Atlântico em dois anos. Em 2023, a equipe comandada por Paulinho Sananduva venceu a Liga Nacional de Futsal (LNF). Ao chegar à final da Copa do Brasil, o Atlântico garantiu participação na Supercopa, que dá vaga para a próxima Libertadores, e passa a ter direita a uma vaga no Campeonato Brasileiro.
A jornada decisiva
A etapa inicial teve o equilíbrio das grandes decisões. A primeira chance clara foi dos donos da casa, com Gigante, que recebeu passe de Jackson Samurai, mas colocou por cima da meta.
Pouco depois, Rafinha assustou com chute cruzado que passou à frente do goleiro Ale Falcone. O Atlântico respondeu uma chegada perigosa conduzida por Elenilson. O pivô roubou bola na quadra de ataque e passou para Richard. O ala não se entendeu com Suelton e errou o passe que poderia levar ao gol.
Richard teve outra chance em seguida, mas parou em Andson. O goleiro também defendeu a tentativa de Vilela, após Valdin perder a bola dentro da área.
Aos 16 minutos, os torcedores do Fortaleza sentiram o cheiro do gol. Jackson Samurai acertou o travessão de Ale Falcone após desvio de Jé.
A rede balançou quando faltavam 2 minutos e 22 segundos para acabar o primeiro tempo. A sexta falta gerou tiro livre para o Fortaleza. Valdin cobrou o fez 1 a 0.
Três gols para o título
Como bom gaúcho, o Atlântico não "se michou" após o intervalo. Logo aos dois minutos, Nardinho pulou embaixo das traves para salvar o que seria o gol de empate após finalização de William Bolt. O goleiro Andson já havia sido encoberto.
Elenilson também teve seu momento de herói ao entrar de carrinho para cortar o chute de Kauê, que tinha endereço certo.
O Fortaleza seguiu na pressão. Ale Falcone pegou os chutes de Juninho e Nardinho. Andson, do lado do Fortaleza, também trabalhou bastante, como na bomba de Suelton que não entrou.
O goleiro adversário até tentou evitar o gol de empate, aos 11 minutos. Contudo, mesmo com a defesa, a bola voltou para Deivão, que não perdoou: 1 a 1.
Andson também não conseguiu segurar o golaço de Vilela. O petardo quase do meio da quadra estufou as redes cearenses aos 14 minutos.
Segundos depois, William Bolt carimbou a trave. Para eletrizar de vez o final da partida, Nardinho empatou com o bico da chuteira, aos 16.
Vitória na ida, em solo gaúcho, por 4 a 3, vitória na volta, em terra cearense. Suelton arrematou quando faltavam 27 segundos para acabar e confirmou que a taça voltaria com a delegação erechinense para o Rio Grande do Sul.