Prestes a ser implodida, a estrutura da Companhia Estadual de Silos e Armazéns (Cesa) de Passo Fundo já conta com telas de proteção instaladas. Os explosivos, por sua vez, só começarão a ser colocados na estrutura neste sábado (10), um dia antes da operação.
Considerado um evento inédito no norte gaúcho, a implosão do silo da Cesa acontecerá no domingo (11), a partir das 9h, em uma ação que durará seis segundos. No futuro, o espaço será usado para um centro comercial (confira abaixo).
Os mais de 100 quilos de explosivos s ficarão no térreo e nos três primeiros andares da estrutura, enquanto as telas de proteção foram colocadas ao redor da edificação, até a metade da altura dos silos e do prédio central. Elas servem para evitar que pedaços da saltem para longe durante a explosão.
— Os prédios vão cair na vertical e vão se amontoando na base. As telas de proteção são para evitar que algum estilhaço ou explosivo se desprenda. São cinco telas de proteção superpostas, então são cinco camadas — explica o coordenador da Defesa Civil Municipal, Fernando Carlos Bicca.
Conforme a Defesa Civil, o evento envolve um complexo plano de segurança e isolamento que será coordenado pelo Sistema de Comando de Incidente (SCI).
Restrições no deslocamento
O isolamento da região iniciará já no sábado (10), às 18h, com a proibição de estacionamento no perímetro do entorno. O bloqueio total do trânsito e a evacuação de pessoas e animais da área será no domingo, às 7h.
Além do bloqueio e do isolamento em um raio de 200 metros da área, moradores das casas e edifícios a 400 metros estão sendo informados sobre a implosão para que não se assustem com o barulho. Os alertas impressos começaram a ser entregues no dia 31 de julho e seguem até esta sexta-feira (9).
— Nós não estamos na área que é considerada de risco, então, a princípio, a implosão não vai afetar a gente. Mesmo assim, a equipe da Defesa Civil esteve no nosso empreendimento e perguntou nosso horário de funcionamento, avisou sobre o fechamento da rua e também nos orientou a desligar toda a parte da energia elétrica para não correr nenhum risco — contou Letícia Alves, vendedora de uma empresa localizada próximo a Cesa.
O órgão estima que existam 300 moradores na área mais próxima. Todos serão convidados a ir até o Parque Linear do Sétimo Céu, onde serão acolhidos por equipes com café da manhã até o fim das atividades.
— No momento da evacuação, que iniciará às 7h, cada morador receberá uma pulseira que permitirá o acesso à estrutura criada no Sétimo Céu. A saída dos moradores vai se efetivar realmente às 8h — explica Bicca.
Quem preferir ir para a casa de amigos ou familiares, por exemplo, está liberado. A única proibição é ficar dentro de casa no momento da implosão. A previsão é de que antes das 10h essas pessoas já possam retornar para suas residências.
Público é esperado
A Defesa Civil trabalha com a previsão de que a população se desloque para assistir a destruição da Cesa, uma vez que esse é um evento inédito na região. Por isso, haverá uma área segura delimitada para quem deseja acompanhar a implosão de perto.
— As pessoas podem assistir, mas não podem entrar na área de exclusão, que é a área de segurança de 200 metros de raio do centro da explosão — salienta o coordenador.
Locais de interrupção do trânsito
Avenida Brasil
- Antes do viaduto no sentido centro-bairro Petrópolis
- Na Rua Álvares Cabral, no sentido bairro-centro
Trevos do São José e da Caravela
A Guarda Municipal de Trânsito estará nos locais para orientar sobre os desvios, que também afetarão os ônibus urbanos.
O que será feito no local?
O silo da Cesa deve dar lugar a um centro comercial. Os detalhes, contudo, ainda precisam ser definidos, como disse à reportagem um dos empresários que comprou a área, Roberto Andreetta, junto de Pedro Brair.
O espaço foi leiloado em outubro de 2021 por R$ 23,5 milhões. As tratativas para o centro comercial estão acontecendo, mas nenhum contrato foi acertado até o momento.