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Ainda há tempo para o governo brasileiro rever seu posicionamento e dar ao mundo, nos próximos dias, a boa notícia de que pretende ser mais ambicioso em suas metas de redução de emissão de gases de efeito estufa até 2030, no âmbito do Acordo de Paris. Essa é hoje não apenas uma preocupação de ambientalistas, mas um tema considerado de máxima importância inclusive por grandes grupos empresariais brasileiros, que temem por reflexos negativos para o país, na forma de diminuição de investimentos estrangeiros e dificuldade para negócios. Esse temor, ao lado das inquietações de que o avanço do desflorestamento no território nacional contribua de forma decisiva para uma mudança rápida do clima global, foi o tema de uma carta enviada na quinta-feira ao Planalto pela Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura. Trata-se de uma organização que reúne 280 empresas, entidades do agronegócio, instituições financeiras e da academia que, em sua atuação, tem se norteado pela premissa de que a preservação ambiental é benéfica para o desenvolvimento do país. A proteção da natureza, ao fim, também significa um capitalismo mais vigoroso e saudável.
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