Por Ricardo Sondermann, empresário e autor do livro "Churchill e a Ciência por trás dos Discursos"
Na Guerra: Determinação
Na derrota: Insurgência
Na vitória: Magnanimidade
Na Paz: Boa Vontade
O presidente eleito Jair Bolsonaro se apresenta à nação com quatro livros sobre a mesa: entre a Bíblia e a Constituição, as memórias da Segunda Guerra Mundial escritas por Winston Churchill.
Churchill conduziu o povo inglês e o mundo livre no conflito contra o nazismo e a barbárie. Lutou, com exércitos e palavras, expondo a realidade do campo de batalha, as derrotas, as vitórias, os objetivos e através da verdade, com firmeza e humildade, ganhou a guerra. Durante os piores períodos, quando a vitória nazista parecia inexorável, incentivou a resistência das populações contra o invasor. Alcançada a vitória, projetou a reconstrução das nações destruídas uma vez que as populações não mereciam o mesmo fim que seus líderes.
Soube propagar um sentimento de esperança, respeito e grandiosidade que faz com que até hoje, transcorridos 53 anos de sua morte, Churchill ainda seja lembrado. Jair Bolsonaro enfrentou uma eleição com determinação. Nos momentos em que esteve sob ataque, insurgiu-se e foi a voz da revolta. Vitorioso, deverá ser magnânimo e saber construir pontes. Em seu discurso de vitória declara que "a verdade vai liberar esse grande país e vai nos transformar em uma grande nação".
O momento atual exige gestos grandiosos e energia para lutar pela liberdade, pela democracia
Prossegue dizendo que "o que ocorreu hoje (domingo, dia 28.10) nas urnas não foi a vitória de um partido, mas a celebração de um país pela liberdade". Isso é o que se espera de um verdadeiro líder. Bolsonaro tem pela frente gigantes desafios e ao admitir as dificuldades e suas fraquezas pessoais, demostra humildade e vontade de acertar.
O momento atual exige gestos grandiosos e energia para lutar pela liberdade, pela democracia, por bom senso e pela manutenção dos valores ocidentais. Jair Bolsonaro não é Churchill, mas ao exibir alguns livros que o norteiam, nos incentiva a discutir ideias, aprender e evoluir como indivíduos e sociedade.
Com isso em mente, Churchill é uma boa indicação.