Por Walter Lídio Nunes, vice-presidente da Associação Gaúcha das Empresas Florestais (Ageflor)
O período de profunda crise que vivemos nos obriga à mobilização pela construção do nosso destino. Precisamos nos conscientizar da gravidade e das causas raízes desta crise, referencial obrigatório para que possamos julgar os candidatos e suas propostas, qualificações e capacidade para transformar o Estado e o país. Serão necessárias reformas disruptivas, objetivas e implantadas de forma acelerada. Temos que vencer o nosso desânimo e escolher, entre a classe política, quem possa viabilizar o caminho do desenvolvimento.
A imposição do momento é analisar posicionamento e propostas dos candidatos, estando sempre atentos à postura tradicional dos políticos com prazo de validade vencido, com narrativas e apresentação de cenários ilusionistas somente para angariar votos de cidadãos despreparados.
É hora de exigirmos posições claras dos candidatos e não discursos genéricos e proposições inexequíveis e irrealistas. As reuniões e manifestações dos candidatos, como no passado, são, no máximo, gestos de boas intenções. Cabe às lideranças e entidades inclusivistas, na sua responsabilidade de cidadania política, manifestarem-se contra a irresponsabilidade de discursos ilusórios e pressionarem os candidatos para que expressem com clareza as suas propostas. Estas começam por um diagnóstico qualificado da realidade e sobre como enfrentá-la, explicitando: o que será feito e quais as etapas; por que será feito e com que justificativa; onde, quando e em que prazo será feito; por quem será feito, quais envolvidos e com que responsabilidade; como será feito e com que método; e quanto custará fazer, isto é, com que custo ou investimento econômico, social e político.
É inaceitável que um candidato diga que só depois de eleito é que terá clareza de responder a essas questões, pois um candidato mal informado sobre a realidade que irá administrar será um vendedor de ilusões procurando garantir a sua eleição baseado em narrativas inconsequentes e populistas, quando não clientelistas. A imposição do momento exige clareza e convergência de posicionamentos. Vencer a crise atual passa pela eleição de atores políticos com propostas realistas para conduzir reformas que levem a ajustar as contas e a reduzir o custo da máquina pública, ao fim de privilégios, à desburocratização, entre outras tantas mudanças, a fim de favorecer o empreendedorismo e uma sociedade melhor e mais justa.