A ecologia, com sua importância e funcionamento, é bem compreendida, em especial quando se entende que a Terra e a natureza criaram ao longo de milhões de anos um equilíbrio perfeito, que permitiu o desenvolvimento de uma extraordinária diversidade de vida em nosso planeta. Qualquer elo das cadeias ecológicas que seja agredido desequilibra o todo.
O conceito de ecologia ajuda a entender melhor a economia. Seu funcionamento pode ser considerado um grande ecossistema, onde os mais diversos fatores interagem, como empresas, consumidores, mercados, riquezas naturais etc., todas elas afetadas pelas ações governamentais.
As funções de Estado têm seu custo, que deve ser coberto pelos impostos arrecadados. Quanto mais serviços demandados pela sociedade, mais impostos serão cobrados. A má gestão do país desequilibra a economia, como visto nos resultados das últimas administrações petistas, que levaram o Brasil a uma longa e persistente recessão. Os erros podem ser resumidos na perda do controle fiscal, com a elevação persistente das despesas, o que gerou inflação e a prática de juros elevados para conter o processo inflacionário.
O equilíbrio fiscal está comprometido para os próximos anos e a Previdência é fator determinante, o que vai prejudicar a retomada do crescimento.
O que se discute é o reequilíbrio das contas públicas, sendo a Previdência base para alcançá-lo. Na prática, estamos discutindo se, no futuro, o país vai ter de cobrar ou não mais impostos.
A possibilidade da não aprovação da reforma previdenciária já manda seu recado sobre o que vai ocorrer no futuro, pois o mercado já antecipa que a saudada redução da taxa Selic tende a ter vida curta, pois já vê sua subida em 2019, com as consequências sobre a economia, com prejuízos ao crescimento, investimento, emprego e demais efeitos negativos gerados toda vez em que se sobem os juros e o governo gasta mais do que arrecada.
Se a Previdência é o tema mais importante a ser enfrentado pelos brasileiros no presente e no futuro, são lamentáveis posicionamentos irresponsáveis como o do senador que apresentou um relatório à CPI da Previdência, em que afirmou que inexiste déficit na Previdência Social ou na Seguridade Social. Esse relatório é um excelente exemplo de desperdício de dinheiro público! Jogou para a plateia e falou o que as pessoas gostariam de ouvir ou que fosse verdade. Negar problemas não encaminha soluções.
Sempre atento, o economista Darcy Carvalho dos Santos escreveu, aqui em Zero Hora, que o déficit do INSS e do serviço público federal chega a R$ 231 bilhões. Infelizmente, o Darcy é que está correto.