O governo federal vem resistindo às pressões em favor da correção da tabela progressiva do Imposto de Renda, sob alegações que até fazem algum sentido. Entre elas, estão a de que não é o momento para abrir mão de receita e a de que revisões desse tipo tendem a estimular a indexação automática, realimentando a inflação. A eventual manutenção da tabela, porém, iria configurar uma flagrante injustiça tributária. A punição recai particularmente sobre a classe média assalariada, que já arca com uma carga elevada demais de impostos e ainda enfrenta o risco de perder mais renda. O Planalto, habituado a indexar sem qualquer hesitação tudo o que tem a receber, precisa encontrar uma saída para o impasse.
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