O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, evitou neste sábado (7) o processo de impeachment graças ao boicote dos parlamentares do seu partido, que não compareceram à votação de uma moção de destituição, apresentada pela oposição após imposição efêmera de uma lei marcial na terça-feira (3).
A aprovação do impeachment precisava dos votos de 200 dos 300 deputados, mas apenas 195 parlamentares compareceram à votação.
— Portanto, declaro que a votação sobre o tema não é válida — disse o presidente da Assembleia Nacional, Woo Won-shik.
Dezenas de milhares de pessoas lotaram as ruas próximas à Assembleia Nacional, empunhando faixas, gritando slogans, dançando e cantando músicas de K-pop com letras alteradas para pedir a destituição de Yoon. Os protestos cresceram na tarde de sábado, com os trens do metrô não parando nas estações próximas à Assembleia devido ao aumento repentino da multidão.
Uma multidão menor de partidários de Yoon, que ainda parecia estar na casa dos milhares, se reuniu em ruas separadas em Seul, condenando a tentativa de impeachment que consideravam inconstitucional.
Uma nova votação para o impeachment deve ser realizada na próxima quarta-feira (11).
A crise começou quando o presidente sul-coreano declarou lei marcial de emergência no território da Coreia do Sul na terça-feira (3). O líder do Executivo acusou a oposição do país de controlar o parlamento e simpatizar com a Coreia do Norte.