Israel voltou a bombardear alvos do Hezbollah no Líbano na madrugada desta terça-feira (24), um dia após os ataques intensos que deixaram mais de 500 mortos e aumentaram os temores de um conflito regional, quase um ano após o início da guerra em Gaza.
Mais de 50 projéteis foram lançados pelo grupo terrorista libanês contra o norte de Israel, segundo as forças militares israelenses. Porém, de acordo com o exército local, a maioria foi interceptada.
Risco de guerra
A Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York, nesta terça, será dominada pelo medo de uma guerra ampla no Oriente Médio, após a intensificação da escalada militar entre o exército israelense e o movimento islamista pró-Irã Hezbollah no Líbano.
A França solicitou uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU sobre o Líbano nesta semana.
— Estamos quase à beira de uma guerra total — alertou o chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell.
Em apenas um dia, o exército de Israel "neutralizou dezenas de milhares de foguetes e munições", disse o ministro da Defesa do país, Yoav Gallant.
O exército também anunciou um "bombardeio seletivo" em Beirute, que teve como alvo, segundo o Hezbollah, o comandante da frente sul do movimento, Ali Karake, que saiu ileso.
O Hezbollah prometeu que continuará atacando Israel "até o fim da agressão em Gaza".
As hostilidades entre Israel e Hezbollah aumentaram desde a onda de explosões de dispositivos de comunicação do movimento islamista na semana passada, atribuídas a Israel, ação que provocou 39 mortes, segundo as autoridades libanesas.
Na sexta, Israel desferiu um novo golpe na milícia pró-Irã com um bombardeio na periferia sul de Beirute que matou 16 membros da sua força de elite, incluindo o líder, Ibrahim Aqil.