A agência oficial de notícias libanesa e jornalistas da AFP no Líbano relataram nesta segunda-feira (23) dezenas de bombardeios israelenses no sul e leste do país. De acordo com o Ministério da Saúde do Líbano, 492 pessoas morreram e 1.645 ficaram feridas.
Israel anunciou que atingiu mais de 300 alvos do Hezbollah. O Hezbollah anunciou que, em resposta, lançou foguetes contra três alvos no norte de Israel.
A onda de ataques a partir do amanhecer contra alvos do movimento pró-Irã no sul e leste do Líbano é a maior executada pelas tropas de Israel desde o início da guerra. A agência estatal libanesa de notícias ANI relatou "mais de 80 bombardeios em meia hora na região de Nabatiyeh, sul do país. Também aconteceram ataques na área de Tiro.
Conselho
O ataque aconteceu depois que Israel aconselhou a população a "afastar-se" de edifícios e áreas usadas por integrantes do grupo terrorista Hezbollah.
— Aconselhamos os civis de áreas localizadas dentro e perto de edifícios e áreas usadas pelo Hezbollah com fins militares a se afastarem imediatamente — disse o porta-voz militar Daniel Hagari em uma entrevista coletiva.
Ele também afirmou que "as forças israelenses efetuarão ataques (mais) extensos e precisos contra alvos terroristas que foram amplamente incorporados em todo o Líbano."
As autoridades libanesas ordenaram o fechamento de escolas nas áreas atingidas pelos bombardeios na segunda e terça-feira.
A agência oficial libanesa ANI informou que os libaneses receberam mensagens de Israel por telefone com pedidos para abandonarem os locais em que estavam.
"Moradores de Beirute e de diversas regiões receberam mensagens na rede de telefonia fixa, cuja fonte é o inimigo israelense, com pedidos para que abandonem rapidamente os locais onde se encontram", afirmou a ANI.
O gabinete do ministro da Informação, Ziad Makari, em Beirute, disse à AFP que recebeu o mesmo alerta.
"Quando a secretária do ministro atendeu, ouviu uma mensagem gravada que pedia (aos funcionários) que abandonassem o edifício ou ficariam sob escombros", segundo a agência. O ministro denunciou uma "guerra psicológica".
Este foi o primeiro alerta do tipo feito pelo exército israelense à população libanesa desde o início da guerra.