O número de mortos na Venezuela em protestos após a reeleição de Nicolás Maduro, denunciada como fraude pela oposição, aumentou para 24, segundo a ONG venezuelana de defesa dos direitos humanos Provea.
"Os registros da Provea dão conta de 24 pessoas falecidas entre o domingo, 28 de julho, e a segunda-feira, 5 de agosto, em eventos e protestos relacionados com as eleições", segundo um boletim atualizado desta organização.
O balanço coincide com um relatório da diretora da Divisão das Américas do Human Rights Watch, Juanita Goebertus.
"Até o momento, recebemos informes confiáveis de 24 mortes ocorridas no contexto dos protestos pós-eleitorais na Venezuela", publicou Goebertus, detalhando que os falecidos são "23 manifestantes ou pedestres" e um militar. "Estamos verificando cada caso reportado", acrescentou.
As autoridades venezuelanas contabilizam a morte de dois militares em incidentes violentos.
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) proclamou Maduro vencedor das eleições de 28 de julho, mas a oposição afirma que houve fraude.
Os protestos eclodiram na noite da eleição, com distúrbios em várias cidades.
Segundo a Provea, a intensidade das manifestações baixou nos últimos dias, em meio ao "uso desproporcional da força" por parte de militares e policiais, assim como um "aumento exponencial das detenções arbitrárias".
Maduro, que afirma estar em andamento uma tentativa de "golpe de Estado", disse que foram registradas mais de 2 mil detenções.