A oposição majoritária tramita uma candidatura única à presidência na Venezuela, após a renúncia, no sábado (20), de Manuel Rosales em favor do diplomata Edmundo González Urrutia.
"Em nosso compromisso com a rota eleitoral para mudar a Venezuela, registramos junto ao Conselho Nacional Eleitoral a renúncia de Manuel Rosales Guerrero como candidato na eleição presidencial de 28 de julho", publicou no X o partido Um Novo Tempo. "Avançaremos agora para o segundo passo nas gestões pertinentes para aderirmos à candidatura de Edmundo González, da Mesa da Unidade Democrática", acrescentou.
A candidatura de González, 76 anos, rival de Hugo Chávez em 2006, foi decidida por unanimidade pela coalizão Plataforma Unitária Democrática (PUD), após longas reuniões.
Outros partidos que apoiavam Rosales também aderiram à decisão do governador do Estado petroleiro de Zulia, que se inscreveu com seu partido, que faz parte da PUD, formada pelos 10 partidos mais importantes do país.
A oposição concentra forças em torno de um único candidato para enfrentar o presidente do país, Nicolás Maduro, que buscará o terceiro mandato consecutivo contra 12 candidatos, a maioria deles rotulados como colaboradores do governo.
"O verdadeiro risco eleitoral de Maduro é a união, e não um candidato específico", ressaltou no X o analista Luis Vicente León.
O prazo para a alteração ou substituição de candidaturas vencia no sábado (20), mas o Conselho Nacional Eleitoral o prorrogou por 72 horas.
Oposição na Venezuela
A eleição presidencial venezuelana está marcada para 28 de julho.
A oposição Corina Yoris não pôde ter a sua candidatura registrada. A Plataforma Democrática Unitária (PUD), principal bloco de oposição, denunciou que as autoridades eleitorais não permitiram o registro de Yoris.